Efeito da crioterapia na propriocepção dos músculos do assoalho pélvico em mulheres com incontinência urinária de esforço: ensaio clínico randomizado controlado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Denise Rodrigues da
Orientador(a): Correia, Grasiela Nascimento
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/31826
Resumo: Introdução: Algumas mulheres com incontinência urinária (IU) são incapazes de contrair corretamente os músculos do assoalho pélvico (MAP), sendo necessário o uso de intervenções proprioceptivas. A crioterapia é um recurso acessível e de baixo custo, capaz de proporcionar o resfriamento local, no entanto não há estudos que avaliem se existem efeito na propriocepção dos MAP. Objetivo: Comparar o efeito entre crioterapia e manometria na contração voluntária máxima dos MAP, analisar a variação de temperatura do centro tendíneo (CT) após a aplicação de ambas intervenções e comparar o nível de satisfação das participante após a aplicação destes métodos. Materiais e métodos: Ensaio clínico randomizado controlado, com 33 participantes de idade superior à 35 anos que apresentam queixa de IUE. As participantes realizaram anamnese, incluindo dadossociodemográficos, uro- ginecológicos e obstétricos, em seguida, foi aplicado o incontinence severity index questionnaire (ISI-Q). Na avaliação física foi realizado o teste absorvente de uma hora, avaliação da contração voluntária máxima dos MAP por meio da manometria e avaliação da função dos MAP com o esquema PERFECT. Após 48 horas da avaliação as participante foram randomizadas: 17 participantes iniciaram a intervenção no Grupo Crioterapia (GC) e após 48 horas fizeram parte do Grupo Manometria (GM); 16 participantes iniciaram no grupo manometria (GM) e após 48 horas foram submetidas a intervenção no GC. A temperatura foi avaliada no CT por meio do Termômetro LASER Digital Infravermelho GM320 nos seguintes momentos: antes da aplicação das intervenções, imediatamente após as intervenções e no 1º, 2º e 5º minutos após. Depois da aferição da temperatura o avaliador inicial era convocado para realizar a reavaliação da capacidade da contração voluntária máxima dos MAP, manometria e satisfação com o tratamento. Análise estatística: O poder da amostra foi calculado usando Gpower software version 3.1.9.2, para a amostra de 33 indivíduos em cada grupo foi detectado um poder de 64%. Foi utilizado o teste de Wilcoxon para a análise intragrupo e o teste de Mann-Whitney em análises intergrupo. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: GC apresentou um aumento em todas as etapas do PERFECT e na 2ª medida da manometria após a intervenção (p=0,032). No GM houve um aumento significativo na etapa power do PERFECT (p=0,023) e na 1ª medida da manometria (p=0,015), no entanto não houve diferença significativa na análise intergrupo. Quanto a satisfação o GC e GM não demonstraram diferenças significativas (p=0,3083), o GC apresentou diminuição da temperatura imediatamente após a aplicação e no 1º, 2º e 5º minutos pós- intervenção (p=0,0001). Conclusão: O GC apresentou melhora da contração voluntária máxima dos MAP, contudo esta intervenção não apresentou resultados melhores quando comparado com a manometria. Os níveis de satisfação após intervenção se mostram similares, demonstrando que diminuição da temperatura durante a crioterapia não influenciou na satisfação das pacientes.