Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Leite, Ristephany Kelly da Silva |
Orientador(a): |
Maia, Ligio Jose de Oliveira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/30721
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Resumo: |
Percorrendo os sertões do que posteriormente foi dividido administrativamente como Capitanias do Rio Grande do Norte e do Ceará, viviam diversos grupos indígenas no período anterior ao contato com os conquistadores europeus. A chegada dos portugueses provocou alterações sem precedentes nas formas destes grupos se relacionarem entre si e com os demais. Esse estudo analisa os processos de territorialização pelos quais os indígenas Paiaku são submetidos no decorrer do século XVIII. O primeiro processo de territorialização ocorreu quando, em decorrência dos conflitos que ficaram conhecidos como Guerra do Açu (c. 1680-1720), os Paiaku foram aldeados em diversos locais entre as ribeiras dos rios Apodi e Choró. O segundo processo ocorreu quando, por determinação régia, dois desses grupos Paiaku são enviados, com outros grupos de índios, para compor a Vila de Portalegre. O Diretório dos Índios - legislação criada em 1757 para o Estado do Grão-Pará e Maranhão, e adaptada para o Estado do Brasil como Direção de Pernambuco em 1759, foi o dispositivo legal que promoveu os deslocamentos destes grupos indígenas que, por vezes, eram voluntários e, outras vezes, eram impostos pelos oficiais da Coroa. No entanto, uma parte do grupo dos Paiaku que havia se deslocado voluntariamente do Ceará, empreendeu viagem de regresso para o território que habitava. Pretende-se, portanto, analisar as agências realizadas pelos Paiaku, por meio, não somente da resistência armada e da submissão aos conquistadores, mas também da realização de alianças com as autoridades representativas da Coroa portuguesa e da tomada de decisões. Para tanto, analisando fontes manuscritas produzidas por estas autoridades coloniais que estavam coordenando estes processos e em constante contato com esses grupos indígenas, cruzando-as com a bibliografia existente sobre os Paiaku e a criação das missões e vilas de índios, pretende-se refletir historicamente sobre como estes grupos indígenas se apropriavam de seus territórios sociais ao mesmo tempo que se confrontavam e experienciavam esses processos de territorialização. |