Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Silva Júnior, Fernando Joaquim da |
Orientador(a): |
Valle, Carlos Guilherme Octaviano do |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28925
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Resumo: |
Este texto apresenta uma pesquisa de mestrado que oferece uma análise etnográfica da mobilização sociopolítica de resposta ao HIV e AIDS no contexto urbano de Natal e Mossoró, as duas maiores cidades do Rio Grande do Norte. A dissertação objetivou compreender as narrativas, práticas e sentidos da resposta à epidemia entre ativistas, grupos de pacientes, gestores e profissionais de saúde diante de desigualdades e desafios na adesão à Terapia Antirretroviral (TARV) e de prevenção ao HIV. Busquei atentar como os projetos coletivos e individuais dos meus interlocutores eram elaborados e as suas razões internas ao ponto de enfrentarem antagonismo, conflitos e fofoca, cooperarem ou divergirem com gestores e demais participantes da mobilização, além de dedicarem tempo, investimento econômico, esforço físico e emocional. Na pesquisa etnográfica, realizei observação participante em diferentes ambientes, tais como: cerimônias, audiências e manifestações públicas, festejos, hospitais e serviços de atendimento especializado, dando ênfase aos usos dos espaços pelos interlocutores. Simultaneamente, foram produzidas entrevistas em profundidade com ativistas, profissionais de saúde, pacientes e gestores públicos, além de análise da impressa local e uso de fotografias para ampliar as percepções sobre o campo pesquisado. Dessa forma, apresento um panorama da mobilização sociopolítica HIV e AIDS, sem deixar de perceber as particularidades desses diferentes coletivos e atores sociais. Pude constatar um mundo social fortemente disputado, cheio de projetos coletivos e individuais no enfrentamento da epidemia e atravessado por múltiplas desigualdades sociais que afetam decisivamente a vida de milhares de pessoas vivendo e convivendo com HIV. Percebi também a comunicação, a narrativa, a memória e o testemunho do trauma como poderosos instrumentos de ação política. Em suma, esta pesquisa busca contribuir para a discussão antropológica sobre as respostas coletivas à epidemia do HIV/AIDS no contexto do Rio Grande do Norte, num momento crítico para o enfrentamento da epidemia no estado, afetado pelo crescimento exponencial de pessoas diagnosticadas com HIV e de pessoas morrendo em decorrência da AIDS. Trata-se do presente que insiste em fazer aproximações com um capítulo doloroso do passado. |