Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Andrade, Alice Oliveira de |
Orientador(a): |
Veloso, Maria do Socorro Furtado |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA MÍDIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/54903
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Resumo: |
Apresentamos o aquilombamento virtual midiático (AVM) como proposta de tese. Tratase de um movimento metodológico para enxergar como operam as mídias negras brasileiras, tendo três principais bases teóricas: o quilombismo (NASCIMENTO, 2019), o bios virtual (SODRÉ, 2002) e o conceito político de quilombo (NASCIMENTO, 2014); e três referências metodológicas: a transmetodologia (MALDONADO, 2011), o afroperspectivismo (NOGUERA, 2014) e a roleta interseccional (CARRERA, 2020). Por mídias negras entendemos um conjunto de experiências comunicacionais insurgentes que (co)movem pessoas na reescrita de diferentes narrativas sobre o povo negro. São grupos motivados pelas lutas contra o racismo estrutural e outras possíveis interseccionalidades, como o sexismo, a história única, a dominação, a hegemonia da mídia corporativa em relação à agenda, a invisibilidade, as injustiças sociais e cognitivas do mundo, a exclusão e a colonialidade da mídia. Podem ser vistas, portanto, como grupos com significativo aspecto decolonial. Inspirado pelos caminhos que negros(as) escravizados(as) abriam nas matas em fugas para os quilombos, o AVM desenvolve-se em três rotas: 1) movimento do Sankofa; 2) reconhecimento das escrevivências; 3) balaio de vozes. O referencial empírico envolveu seis grupos de mídias negras: Alma Preta, Mundo Negro, Negrê, Notícia Preta, Portal Geledés e Revista Afirmativa. Justificamos o recorte analítico por serem práticas midiáticas exercidas em ambientes digitais que têm como objetivo central quebrar a lógica da história única e produzir conteúdos direcionados à questão de raça e outros eixos de opressão. Para a coleta de dados, articulamos ferramentas como as entrevistas, observação não-participante virtual e pesquisa bibliográfica. Um olhar metodológico aquilombado nos mostra que as mídias negras brasileiras enxergam a comunicação e, especificamente, o jornalismo, como caminho de contraposição à colonialidade da mídia hegemônica e para a construção de novas matrizes de visibilidade sobre pessoas negras. Concluímos que as mídias negras virtuais são herdeiras da resistência negra do período colonial e têm nos quilombos um instrumento ancestral para a construção de um jornalismo antirracista. Como principais referências, contribuem com a construção deste texto autoras e autores como: Abdias Nascimento, Beatriz Nascimento, Clóvis Moura, Conceição Evaristo, Edison Carneiro, Grada Kilomba, Lélia González, Muniz Sodré, Sílvio Almeida e Sueli Carneiro. |