Aquilombamento e educação antirracista na Coletiva Mulheres da Quebrada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Tatiana Neves da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
FAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃO
Programa de Pós-Graduação em Educação - Conhecimento e Inclusão Social
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/58399
Resumo: As mulheres negras brasileiras ocupam um lugar de protagonismo nas lutas por justiça social contra o colonialismo racista e patriarcal. Dentre os movimentos articulados por essas mulheres, observamos, a partir da década de 1980, a emergência de modos de mobilização contemporâneos: os coletivos. Diante disso, esta pesquisa buscou compreender as estratégias de educação antirracista, construídas pela Coletiva Mulheres da Quebrada, que organiza as suas ações às mulheres do Aglomerado da Serra, localizado na região centro-sul de Belo Horizonte. A Coletiva Mulheres da Quebrada constrói uma ampla rede de afeto e acolhimento junto às moradoras das oito vilas que formam esse território. Na construção desta dissertação, dialogamos com os Estudos Decoloniais referenciados em Figueiredo (2017), Oliveira e Candau (2010). Apresentamos reflexões acerca do feminismo negro, fundamentadas nas autoras negras Gonzalez (2020), Carneiro (2002; 2003), hooks (1995; 2018; 2019) e Collins (2016; 2019). Estabelecemos discussões com base no conceito de interseccionalidade que diz respeito às interrelações entre opressões de raça, gênero e classe, a partir de Crenshaw (2002) e Akotirene (2018). A metodologia baseou-se na observação participante enquanto elemento etnográfico, proporcionando intensa imersão no campo de pesquisa. Além disso, as entrevistas narrativas com gestoras da Coletiva e moradoras do Aglomerado da Serra nos auxiliaram no entendimento da Coletiva como lugar de aquilombamento onde se elaboram insurgências e resistências aos sistemas racistas, lutando pela existência plena (SOUTO, 2021).