Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Silva, Nayara Sousa da |
Orientador(a): |
Luchessi, André Ducati |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOTECNOLOGIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/56777
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Resumo: |
O Brasil registrou aproximadamente 37 milhões de casos de COVID-19 até janeiro de 2023. Além dos impactos agudos, a COVID-19 pode se tornar um agravo crônico, conhecido como a Condição Pós-Covid (CPC). Estudos longitudinais são cruciais para entender os impactos de longo prazo da COVID- 19. O presente estudo descreve o perfil clínico de uma coorte de 704 pacientes infectados com SARS-CoV-2 e analisa as consequências na saúde e qualidade de vida dois anos após a infecção. A primeira fase do estudo caracterizou a fase aguda da COVID-19 em pacientes infectados durante os primeiros meses de 2020. Casos críticos representaram 29% do grupo estudado, sendo o sexo masculino e a presença de diabetes as variáveis com maior risco para a gravidade da doença (RR= 1,76; IC95%: 1,43 - 2,17 e RR = 1,60; IC95%: 1,28 - 2,00). O uso de antimaláricos, azitromicina e ivermectina, medicamentos do “Kit COVID”, foi significativamente maior nos grupos de gravidade severa e crítica (p = 0.010, p <0.001, p = 0.010, respectivamente), porém não apresentaram efeito na sobrevivência dos pacientes. Um total de 105 pacientes faleceram decorrente da COVID-19 e suas complicações. A segunda fase do estudo ocorreu entre os meses de maio a junho de 2022, envolvendo 137 sobreviventes da primeira fase. Sintomas persistentes foram relatados por 56.9% dos pacientes. Mulheres e pessoas hospitalizadas durante a infecção aguda apresentaram maior risco de apresentarem sintomas após a COVID-19 (RR=2,07; IC95%: 1,47 - 2,94 e RR=1,53; IC95%: 1,07 - 2,18). Distúrbios respiratórios, efeitos neurológicos e dores no corpo foram as manifestações mais frequentemente relatadas. Pelo menos 20% dos indivíduos referiram algum grau de dificuldade na realização das atividades diárias. Países que enfrentaram altas taxas de infecção por SARS-CoV-2 devem estar preparados para lidar com as consequências de longo prazo da COVID-19. Neste contexto, nosso estudo é fundamental para fornecer um panorama da situação brasileira e orientar a realização de estudos adicionais, bem como a formulação de políticas públicas direcionadas para o enfrentamento da CPC. |