Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Sant'Anna, Júlia Gomes Fernandes Costa de |
Orientador(a): |
Medeiros, Soraya Maria de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/19722
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Resumo: |
Esta pesquisa teve como objetivo analisar os fatores geradores de prazer e sofrimento no trabalho do professor de Ensino Superior de Enfermagem. Trata-se de um estudo do tipo analítico, com abordagem qualitativa. Ocorreu no período de 14 a 22 de novembro de 2013 em uma instituição de ensino superior do município de Natal/RN com sete professores do curso de graduação em enfermagem selecionados a partir dos critérios de inclusão: docentes do curso de enfermagem, enfermeiros, professores de aula teórica. Obteve parecer favorável do Comitê de Ética em Pesquisa/UFRN (CAAE nº 20727613.9.0000.5537). A coleta de dados foi realizada através da aplicação de entrevistas individuais com roteiro semi-estruturado contendo questões norteadoras relativas à organização do trabalho, reconhecimento, liberdade, desgaste e insegurança. Para a análise dos dados foi utilizada a técnica de análise de conteúdo a qual pretende superar o conteúdo manifesto da mensagem para, através da inferência, atingir uma interpretação mais profunda. Os resultados desse estudo conduziram à interpretação de duas categorias analíticas: o sofrimento e o prazer no trabalho do enfermeiro docente e suas subcategorias correspondentes. Os sujeitos identificaram como barreiras no trabalho: insuficiência de tempo remunerado, necessidade de qualificação, necessidade de dedicar-se a outras tarefas, carência de recursos e burocracia, quantidade de alunos em sala de aula e nivelamento dos alunos. Constatou-se por meio da análise da Psicodinâmica do Trabalho e dos resultados apresentados que o sofrimento pode emergir entre o ser humano e a organização do trabalho quando não são possíveis a negociação e a liberdade de invenções do trabalhador sobre seu labor na tentativa de adaptá-lo às suas necessidades. Quando são estreitas as margens para a adaptação desejada, é possível o surgimento do sofrimento mental, tornando o individuo fragilizado e mais susceptível ao adoecimento. Diante disso, torna-se evidente que não apenas o sofrimento, mas também o prazer origina-se de uma dinâmica interna de situações e da organização do trabalho. Situações que num dado momento aquilo que o faz sofrer pode se transformar como fonte de prazer. Assim, o prazer e o sofrimento não são excludentes, confirmando o aspecto dialético do arcabouço apresentado na teoria, ainda que para a organização de trabalho seja significativo que haja o predomínio do prazer em relação ao sofrimento. Entender a influência da organização na qualidade de vida, na saúde mental e na geração de sofrimento psíquico dos trabalhadores é de suma importância para a superação e transformação das organizações de trabalho. |