Resiliência e apego materno-fetal em gestantes adolescentes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rêgo, Maria Helena de Medeiros
Orientador(a): Maia, Eulalia Maria Chaves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26968
Resumo: A gravidez na adolescência se configura num momento de grandes mudanças no qual as jovens vivenciam, ao mesmo tempo, transformações características da adolescência e da gestação, as quais podem gerar a necessidade de reorganização da percepção e relação com seu corpo, com aspectos da sua identidade, bem como necessidade de repensar seus projetos de vida. Desse modo, configura-se como um momento crítico para o desenvolvimento das adolescentes, uma vez que se fazem necessárias adaptações intrapsíquicas e interpessoais que oportunizam tanto o crescimento psíquico como a sua deterioração. A resiliência - capacidade do indivíduo de enfrentar e superar uma situação adversa, saindo fortalecido ou transformado dessa experiência - pode facilitar as jovens o acesso aos recursos para lidar com as mudanças advindas da gravidez. Nesse sentido, a forma como a gestante enfrenta e significa esse momento pode influenciar na vinculação que estabelece com o bebê e, possivelmente, com o investimento que fará para suprir as necessidades físicas e emocionais da criança, influenciando no desenvolvimento infantil. Em virtude dessas questões, objetiva-se averiguar a correlação entre a resiliência e o apego materno-fetal em gestantes adolescentes. Deste estudo, participaram 77 adolescentes grávidas que realizam pré-natal nas Unidades Básicas de Saúde do Distrito Sul, na cidade do Natal. Elas responderam a um questionário com dados sociodemográficos e gestacionais; à Escala de Resiliência, e à Escala de Apego Materno-Fetal. Para a análise dos dados foi realizada estatística descritiva e inferencial, utilizando-se um software de processamento de dados (SPSS). Os resultados indicam a predominância de níveis moderados de resiliência (51,9%) e médios de Apego Materno-Fetal (88,3%) nas gestantes entrevistadas. No tocante a correlação entre esses dois constructos (R=0,397; p=0,000), identificamos que ela foi positiva, estatisticamente significativa e fraca, além do indicativo de tratar-se de uma influência bidirecional. Esses resultados apontam a presença de habilidades para lidar com os desafios apresentados pela gravidez e o estabelecimento do vínculo mãe-bebê.