Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Géssica Laize Berto |
Orientador(a): |
Scortecci, Katia Castanho |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
|
Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOQUÍMICA
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/31967
|
Resumo: |
A floração é um importante processo de transição da fase vegetativa para a fase reprodutiva das plantas, um ponto crucial para o desenvolvimento e garantia o sucesso reprodutivo. Este trabalho caracteriza uma sequência com homologia a Proteína Reprimida por Auxina (ARP, AUXIN REPRESSED PROTEIN) identificada anteriormente em nosso grupo de pesquisa. Diante disso, objetivou-se com este trabalho compreender qual é o papel da proteína ARP1 em tomateiro. Primeiramente, foi construído uma arvore filogenética da proteína ARP1 através do programa MEGAX com 23 espécies de plantas diferentes distribuídos em treze famílias. A partir da arvore filogenética foi possível observar uma duplicação da sequência ARP em algumas espécies de plantas, o que nos indica a presença de um possível evento de duplicação do genoma inteiro (WGD). Através das ferramentas de bioinformática, foi realizado um alinhamento múltiplo da sequência utilizando onze sequências homólogas no programa Clustal Omega. No alinhamento observou-se que a proteína ARP do tomateiro apresenta o domínio I rico em leucina, que tem repressão anfifílica no seu N-terminal. O domínio II contém um núcleo interno com motivo composto de glicina, triptofano e prolina. Além disso, na região C-terminal, existem os domínios III e IV, que juntos formam o domínio PB1 (Phox/Bem1p). Este domínio contém lisina invariante típica e uma série de resíduos ácidos. Utilizando o banco de dados STRING 10.0, foi possível observar uma rede de interação em que a proteína ARP1 interage com mais 21 proteínas. Dentre estas, nós destacamos as proteínas CBS, Myf5, APE1 e GRX1. Mediante análise de expressão in sílico através da ferramenta eFPBar, observou-se que estas são proteínas são expressas nos tecidos reprodutivos do tomateiro. Além disso, por meio de ensaios de dois híbridos, foi observado in vivo 15 interações proteína-proteína. Em que quatro dessas sequências codificam proteases, incluindo protease S9, S2, Zinco carboxipeptidase A1, galacotosiltransferase. Cinco sequências codificam a proteína FITOENO SINTASE. Também identificadas sequências relacionadas a fatores transcricionais e associados com a percepção de sinais, Myb e LecRLKs. E sequências que codifica proteínas que participam do metabolismo energético, citocromo c-oxidase, CYP51 e GRF1. Com o auxílio do programa Cytoscape 3.7.2, foi gerada uma rede interativa, utilizando tanto os dados in silico do String e in vivo do ensaio duplo hibrido. Com isso, foi possível identificar a formação de três clusters, que provavelmente estão envolvidos na regulação de metabolismo antioxidante da planta, mecanismo de crescimento e diferenciação celular. Estas vias podem atuar na transição floral do tomateiro. Através da análise de nível de hormônio de auxina em plantas transgênicas contendo cassete superexpressão para proteína SlARP1, foram identificados os três tipos de auxinas, IAA, IBA e 4-Cl-IAA, os quais apresentaram níveis de auxinas contrastantes nas plantas transgênicas e controle. Diante desses resultados e o interactoma, propomos que a proteína SlARP1 poder ser considerada uma proteína central que interagem com diferentes tipos de proteínas, em que forma 3 clusters proteicos os quais estão envolvidas em diversos processos chaves moleculares que medeiam o crescimento e diferenciação celular através do metabolismo antioxidante, que é importante na regulação e controle do desenvolvimento e a transição floral do tomateiro em frente a flutuações ambientais. |