Caracterização fenotípica de plantas transgênicas de tomateiro expressando a proteína reprimida por auxina (SIARP)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Estevam, Renata Kaline Souza
Orientador(a): Scortecci, Katia Castanho
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOQUÍMICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21833
Resumo: A floração é um processo vital durante o ciclo de vida das plantas e é marcado pela conversão do meristema apical vegetativo em reprodutivo devido a interações de fatores internos e externos à planta. Apesar de amplo conhecimento ter sido gerado nessa área, ainda se conhece muito pouco sobre o processo de floração e frutificação em tomateiro. Pesquisas anteriores realizadas pelo nosso grupo identificaram o cDNA homólogo a Proteína Reprimida por Auxina (ARP) em bibliotecas subtrativas reprodutivas de tomateiro. Existem poucos dados sobre a proteína ARP na literatura, há relatos de que o gene ARP está relacionado com a maturação do fruto em morango, dormência da gema lateral em ervilha e maturação do pólen em tabaco, mas a função da proteína ARP ainda não está clara. Portanto, o intuito deste trabalho foi compreender o papel da proteína ARP no desenvolvimento vegetativo e nos processos de floração e frutificação por meio da perda e/ou do ganho de função deste cDNA em plantas transgênicas de tomateiro contendo o cassete de superexpressão em orientação senso e antissenso para este cDNA. Dessa forma, foram observadas algumas alterações fenotípicas e estruturais nas plantas transgênicas (35S::SlARP antissenso e senso), como floração e frutificação precoce verificada nas plantas 35S::SlARP antissenso nas gerações T1 a T4, em relação às controles (transformada com o plasmídeo vazio e não transformada). Na análise histológica, notaram-se óvulos maduros nas flores das plantas 35S::SlARP antissenso (gerações T2 a T4), enquanto que as flores das controles não apresentaram óvulos maduros no mesmo período de tempo. Outra modificação observada foi o número superior de gemas laterais desenvolvidas nas plantas 35S::SlARP antissenso nas gerações T3 e T4 quando comparado às plantas 35S::SlARP senso e às plantas controles (transformada com o plasmídeo vazio e não transformada) . Essas produziram ramos com folhas, flores e frutos. Assim como alterações estruturais nos pecíolos das plantas 35S::SlARP antissenso, incluindo uma aparente quantidade maior de elementos de vaso (xilema e floema) do que os pecíolos as plantas 35S::SlARP senso e mutantes relacionados à sinalização da auxina (dgt e entire) e plantas controles. Portanto, estes dados sugerem que a proteína ARP possa estar envolvida na floração, frutificação e na dormência das gemas axilares em tomateiro.