Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Santos, Maria de Fátima Silva dos |
Orientador(a): |
Silva Neto, João Gomes da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21779
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Resumo: |
Esta tese tem como objeto de investigação as representações discursivas de vítima e de agressor em textos de inquéritos policiais. As questões que norteiam a pesquisa são: a) quais as representações discursivas de vítima e de agressor em inquéritos policiais? b) como as representações discursivas de vítima e de agressor são construídas nesse documento e qual o papel que essas representações desempenham para a orientação argumentativa do texto? Diante delas, o objetivo geral da pesquisa é investigar a composição das representações discursivas de vítima e de agressor em inquéritos policiais. Como objetivo específico, analisa o modo como a composição de uma representação (vítima, agressor) contribui para a construção de sentidos nos textos dos inquéritos analisados. Parte-se da hipótese de que as escolhas linguísticas utilizadas para construir uma determinada representação, no caso, a representação discursiva de vítima e de agressor, são feitas com um determinado objetivo, isto é, em função de um determinado propósito argumentativo, de acordo com as intenções do enunciador (sua visada discursiva) – defender(-se) e/ou acusar, incriminar. A pesquisa insere-se no âmbito teórico geral da Linguística de Texto, mais especificamente, na Análise Textual dos Discursos (ATD), proposta por Adam (2011). Inserida no paradigma qualitativo de caráter descritivo, trata-se de uma pesquisa documental, cujo corpus é constituído por nove inquéritos policiais relacionados com crimes de violência praticados contra a mulher. Nos procedimentos de análise, utiliza-se as categorias teóricas da representação discursiva, como a referenciação, a predicação, a modificação, a localização espaço-temporal, a conexão e a comparação. Os resultados evidenciam que as representações discursivas de vítima e de agressor são construídas de modo diverso, nos vários documentos do inquérito, conforme as perspectivas (ou pontos de vista) das fontes enunciativas por intermédio das quais se tenta reconstituir o fato imputado como delituoso – a agressão contra uma mulher. Em função de suas ações de linguagem (visadas, objetivos), em situações enunciativas marcadas por uma delegacia de polícia, tem-se a construção discursiva de uma imagem institucionalizada por vozes (enunciadores) documentadas e, como tal, instituídas como fontes autorizadas de um dizer constitutivo da figura jurídico-policial “vítima”. Desse modo, a partir do que dizem nos textos analisados (a própria vítima, as testemunhas, os acusados e a delegada), as imagens ou representações de “vítima” e de “agressor” podem ser consideradas, enunciativamente, como o efeito de estratégias argumentativas no sentido de promover ações discursivas próprias da formação sócio-discursiva jurídico-policial. |