Formação do profissional sanitarista: caminhos e percalços

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Gonçalves, Juliana
Orientador(a): Noro, Luiz Roberto Augusto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20073
Resumo: A Saúde Coletiva é um projeto de luta por uma saúde democrática, resolutiva, equânime e que pretende assistir o corpo social e coletivo a partir de suas reais necessidades, estando totalmente envolvida com questões de desigualdades, de determinação social. Desse modo, é de fundamental importância formar um profissional engajado com este projeto. O presente estudo se propõe a compreender a percepção de docentes/militantes da Saúde Coletiva acerca da formação do profissional Sanitarista. Para tanto, procura-se responder ao seguinte questionamento: Que elementos são relevantes para a formação do profissional Sanitarista? Trata-se de uma pesquisa de campo, descritiva e exploratória, com abordagem qualitativa. Para coleta dos dados, foi utilizada a técnica da entrevista semiestruturada junto a profissionais veteranos enquanto Sanitaristas e docentes da área de Saúde Coletiva. Os dados foram analisados à luz da técnica de análise temática de conteúdo. Tal técnica consiste em estruturar o texto em unidades, em categorias segundo reagrupamento analógico. Nesse sentido, foram organizadas três categorias de análise, cujos títulos foram guiados de acordo com os objetivos do estudo, a saber: “A Formação Institucional de Sanitaristas”; “Elementos que contribuem para a formação Sanitarista” e “Caminhos possíveis na formação Sanitarista”. Destacou-se quatro principais elementos de formação sanitarista: Capacidade técnica para desenvolver o trabalho de sanitarista, alicerçada nos três pilares conceituais da Saúde Coletiva; Arcabouço, alicerce e respaldo nas Ciências Sociais, no pensamento social em saúde; História de vida do discente, implicação deste com o objeto da Saúde Coletiva; Atuação em campo, no território, diretamente integrado ao serviço e sistema de saúde. Os entrevistados imaginam um caminho para formação sanitarista: a Saúde Coletiva deve ser bem trabalhada em sua teoria e prática na graduação, seja em qualquer área da saúde e obviamente na graduação em Saúde Coletiva; os cursos Lato Sensu, especialmente as residências, precisariam de uma readaptação teórica, dada a criação de cursos de graduação na área; os cursos Stricto Sensu, enquanto formador de pesquisador e docente da área, devem desenvolver produções envolvidas com o sistema de saúde e o objeto da Saúde Coletiva, de modo a trazer um retorno efetivo, em termos de aplicabilidade, no sistema de saúde. Sugerese que tal caminho deveria ser complementar, no sentido de agregar conhecimento à medida que se percorre pela graduação, pós-graduação Lato Sensu e pós-graduação Stricto Sensu. A ideia, no geral, é que o conjunto graduação-residência/especialização-mestrado/doutorado componha uma formação linear, ascendente e complementar. Para acompanhar todo esse processo de forma efetiva, faz-se necessário, e urgente, pensar em estratégias de regulação dos procedimentos formativos. Recomenda-se também mais estudos sejam realizados nesta área, principalmente uma avaliação mais criteriosa das graduações em Saúde Coletiva, que é uma questão atual e relativamente nova sobre a formação na área.