Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Morais, Yara Campanelli de |
Orientador(a): |
Rocha, Hugo Alexandre de Oliveira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOQUÍMICA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28017
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Resumo: |
O picolinato de cromo (PICCr) é um complexo formado por três resíduos do ácido picolínico (na forma de sal) ligados por coordenação a um átomo de cromo III. A suplementação com PICCr por esportistas e outros vem a cada ano aumentando, inclusive tem sido observado ao ingesta de altas dose diárias por essas pessoas. Não há um definição dos limites de segurança para o uso do PICCr. Portanto, tevese como objetivo avaliar parâmetros de toxicidade do PICCr por meio de diferentes testes in vitro (células em cultivo), in vivo e ex vivo (metalômica) com intuito de trazer a luz mais informações referentes ao uso seguro desse composto. Após aquisição por meios comerciais de cápsulas de PICCr provenientes de dois países diferentes: Inglaterra e Brasil, iniciou-se esse trabalho verificando por espectrometria de absorção atômica a quantidade de material contidas nessas cápsulas. Constatou-se 40 vezes mais PICCr no produto inglês do que o referido na sua bula, e 5 vezes no produto brasileiro. Quatro linhagens celulares: macrófagos murinos (RAW-264.7), células de ovário de hamster chinês (CHO), fibroblasto murino (3T3) e células de adecarcinoma hepático humano (HepG2) foram expostas a variadas concentrações de PICCr (5 a 20 µg/mL) e verificou-se que CHO, 3T3 e HepG2 tiveram a sua capacidade de reduzir o MTT (3-(4,5-dimetiltiazol-2-il) 2,5-difenil tetrazol) diminuída (de 10 até 80%). Já as células RAW-264.7 não foram afetadas, nesta análise. As células HepG2 quando expostas ao PICCr (20 a 50 µg/mL) apresentaram números de micronúcleos significativamente semelhante as células que não foram expostas ao PICCr. Nas células RAW 264.7, percebeu-se uma diminuição na liberação de oxido nítrico, quando elas foram expostas a lipossacarídeos de parede bacteriana (LPS) e o PICCr. Nos ensaios in vivo, camundongos Swiss machos foram expostos a diferentes doses de PICCr (1000 e 2000 µg/mL) por 15 dias. Após este período, verificou-se que os animais tratados tiveram menor ganho de peso e diminuição nos níveis de triglicerídeos plasmáticos. Não apresentaram modificações macroscópicas, nem histológicas nos tecidos hepático e renal. Verificou-se também que os animais tratados apresentaram diminuição de 50% dos níveis séricos de ferro plasmático em comparação com o grupo não tratado. Todavia, análises de metalômica mostraram que os níveis de ferro nos tecidos hepático e renal não foram afetados. A atividade do PICCr como agente anti-inflamatório, bem como, a sua capacidade de reduzir os níveis séricos de ferro ainda não tinham sido relatadas, e isso pode potencializar o seu uso. Entretanto, estudos com humanos se fazem necessários para confirmarem estas observações, podendo impulsionar estudos futuros para se compreender melhor estes efeitos e agregar valor econômico e farmacológico ao PICCr. |