Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Morais, Yara Campanelli de |
Orientador(a): |
Rocha, Hugo Alexandre de Oliveira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOQUÍMICA E BIOLOGIA MOLECULAR
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/51337
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Resumo: |
A alga vermelha Gracilaria birdiae (Gb) é cultivada e usada como alimento no Nordeste do Brasil e seu polissacarídeo sulfatado (agarana), aqui denominado de SPGb, é apontado contendo várias propriedades de interesse acadêmico, inclusive como agente antioxidante. Já o picolinato de cromo (ChrPic) é um composto bioinorgânico com capacidade anti-inflamatória descrita recentemente, sendo assim, teve-se como objetivo produzir blends contendo SPGb e ChrPic e avaliá-los como melhores agentes antioxidantes inicialmente, pois blends correspondem a associação de compostos cujo objetivo é melhorar sua atividade/eficiência, em relação aos produtores isolados. Em relação as propriedades atribuídas ao SPGb e ChrPic, não há registro de blends unindo os mesmos. O ChrPic foi adquirido comercialmente e o SPGb obtido da alga após técnica de extração através de exposição a ondas de ultrassom, meio básico e proteólise. A identificação do SPGb foi confirmada por análises químicas e de ressonância magnética nuclear (1H1D e HSQC). O ChrPic (de 0,5 a 2,0 mg/mL) não apresentou atividade quelante de cobre ou de ferro, já o SPGb (2,0 mg/mL) apresentou atividade de 70 e 73%, para esses testes, respectivamente. Por outro lado, ChrPic (1,0 mg/mL) apresentou cerca 80% e 100% de atividade de sequestro dos radicais superóxido e hidroxila, respectivamente, enquanto SPGb (2,0 mg/mL) não apresentou essa atividade. Foram produzidos 5 blends (B1; B2; B3; B4; B5) cuja atividade antioxidante foi avaliada e dados indicaram B5 como o blend mais potente agente antioxidante. Teste de micronúcleo (CBMN) demonstrou que B5 não possui atividade genotóxica, assim como, para citotoxicidade em fibroblastos murínico (3T3) e células de ovário de hamster chinês (CHO-K1), o B5 e o SPGb também não apresentaram atividades, o ChrPic (0,2 mg/mL) diminuiu em 30% a capacidade das células em reduzir o MTT, porém todas as amostras protegeram as células em mais de 70%. Quando células 3T3 foram expostas a peróxido de hidrogênio (H2O2) (0,6 mM) apresentaram cerca 50% da capacidade de reduzir o MTT em comparação com células não expostas ao peróxido, foram então testados três momentos diferentes de presença de H2O2, sendo o primeiro um reparador, quando as células foram incubadas com peróxido e posteriormente ficaram expostas a SPGb, ChrPic ou B5 por 24 horas. Nesse caso o SPGb não foi efetivo em proteger as células do peróxido, enquanto as células expostas a ChrPic (0,025; 0,05 e 0,1 mg/mL) e B5 (0,05 mg/mL) reduziram em 100% o MTT; já no segundo momento, o concomitante, quando as amostras foram colocadas nas células juntamente com o peróxido de hidrogênio e percebeu-se uma redução de menos de 30% do MTT na presença de SPGb, de até 55% na presença de ChPic e de 96% na presença de B5 (0,05 mg/mL). No terceiro momento, o preventivo, as células foram expostas ao SPGb, ChrPic ou B5 por 24 h, e posteriormente ao H2O2 (0,6 mM), verificou-se que a presença de SPGb foi incapaz de impedir a diminuição da capacidade das células em reduzir o MTT, enquanto as células expostas ao ChrPic e ao B5, em todas as concentrações, reduziram em 100% o MTT. Os dados demonstraram que B5 possui atividade antioxidante e possivelmente utilizado em teste futuros in vivo, para confirmar a sua ação antioxidante e assim indicá-lo como nutracêutico. |