Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Moraes, Antonia Nathalia Duarte de |
Orientador(a): |
Silva, Georgia Sibele Nogueira da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/19586
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Resumo: |
Dentre os desviantes de um ideal heteronormativo, as travestis são as que mais sofrem agressões e discriminações. Têm-se constatado que os serviços de saúde muitas vezes se apresentam como locais que mantém e reproduzem essas discriminações, o que faz com que as travestis só procurem assistência médica em último caso. Tendo como base as diretrizes do SUS e a Política Nacional de Humanização, bem como a inclusão e protagonismo dos usuários, realizamos uma pesquisa qualitativa buscando compreender a vivência das travestis na busca por cuidados em saúde no âmbito da atenção primária na cidade de Natal-RN. Utilizamos como instrumentos tecno-metodológicos a entrevista em profundidade e oficina com uso de “cenas”. Para análise interpretativa das narrativas recorremos à Hermenêutica-Dialética. A partir do diálogo com as narrativas chegamos aos seguintes eixos temáticos: 1) Compreendendo o significado de ser travesti; 2) A vivência travesti na busca por saúde; 3) Travestis e o cuidado humanizado em saúde. No primeiro eixo elas revelam a luta diária das travestis entre o preconceito e a busca por respeito, bem como os significados de ser travesti, que apareceram como: Ser homossexual, ser feminina, não ser transexual e aceitar-se como são. No segundo eixo, expressaram dificuldades quanto ao acesso e uso dos serviços de saúde: o constrangimento pelo não uso do nome social; o medo de sair durante o dia; a associação das travestis ao vírus HIV; e a dor causada pela discriminação dos profissionais de saúde. Foi possível identificar, também, demandas simples, como os adoecimentos do dia a dia, à demanda por XV hormonioterapia, que implica em necessidades de tratamentos, bem como a vital necessidade de ter os seus direitos respeitados. No terceiro eixo, para o alcance de um cuidado humanizado identificamos que o olhar respeitoso garantiria sua dignidade e o seu direito à saúde de forma humanizada, mas para isso identificamos algumas mudanças necessárias: Capacitação dos profissionais, diálogo com o movimento social, campanhas de divulgação e aproximação com o ser travesti. Por fim, espera-se que a pesquisa possa contribuir com o campo do conhecimento acerca do saber-fazer na assistência à saúde das travestis, dentro e fora da academia |