Integrando estratigrafia, petrofísica e rede de fraturas carstificadas em um modelo digital 3D unificado: exemplo da Caverna Cristal (Cráton São Francisco, Nordeste do Brasil)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Pereira, João Victor Freire
Orientador(a): Medeiros, Walter Eugênio de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEODINÂMICA E GEOFÍSICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/50838
Resumo: Os DOMs (Digital Outcrop Models ou Modelos Digitais de Afloramento) são ferramentas amplamente utilizadas em investigações geológicas e estão em constante desenvolvimento. Contrastando com sua ampla utilização, o potencial dos DOMs ainda é subutilizado em relação à integração com outros dados. Apresentamos aqui uma abordagem integrativa, combinando um DOM com informações estratigráficas e petrofísicas, além de dados de distribuição de fraturas e dissolução cárstica. Aberturas de fraturas alargadas por dissolução cárstica são implementadas em uma Rede de Fraturas Discretas (DFN, do inglês) para gerar uma Rede de Fraturas Carstificadas Discretas (DFKN), a partir da qual é possível compor diferentes cenários de intensidade de carstificação. O DOM utilizado é baseado em dados fotogramétricos obtidos em um segmento da Caverna Cristal, a qual desenvolveu-se em carbonatos Mesoproterozoicos da Formação Caboclo, no Grupo Chapada Diamantina, Cráton São Francisco, Nordeste do Brasil. Esta caverna é entendida como um afloramento análogo estrutural e diagenético para os reservatórios carbonáticos do Pré-sal brasileiro. O Modelo Integrativo descrito aqui combina tanto elementos determinísticos (estratigrafia e petrofísica) quanto estoccásticos (DFN e DFKN). Neste modelo, a estratigrafia do afloramento é reproduzida como 22 camadas tabulares e paralelas, as quais foram populadas com medidas de porosidade, permeabilidade e resistência à compressão uniaxial. Recorrendo a uma abordagem estocástica, obteve-se um DFN 3D através da resolução do problema inverso da estereologia, honrando as medidas estatísticas dos traços de fratura (lei de potência e persistência P21) medidos nas paredes e teto da caverna. Parâmetros petrofísicos podem ser alterados facilmente no Modelo Integrativo, também sendo possível modificar a lei de potência que correlaciona a abertura ao comprimento das fraturas, para implementar diferentes estágios de carstificação das aberturas das fraturas. Como resultado, diferentes cenários de porosidades primária e secundária podem ser obtidos, os quais podem ser utilizados em simulações de fluxo de fluido, facilitando assim o entendimento dos múltiplos fatores que afetam o comportamento dos reservatórios carbonáticos.