Análise multiescalar de afloramento digital análogo de reservatório carbonático na formação salitre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Furtado, Carla Patrícia Queiroz
Orientador(a): Bezerra, Francisco Hilario Rego
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEODINÂMICA E GEOFÍSICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/48531
Resumo: O presente estudo investiga a influência de fraturas subsísmicas na interconectividade e fluxo de fluidos associados a rochas carbonáticas dobradas e seu papel nas fases de evolução do processo cárstico no Sistema Brejões, Bacia de Irecê, Nordeste do Brasil. Procuramos também promover a caracterização geofísica (Electrical Resistivity Tomography – ERT) de Brejões I e do sistema cárstico associado. Realizamos levantamentos de sensoriamento remoto 3D na superfície com um Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT) e subsuperfície com Terrestrial Laser Scanning (TLS). Com base nos afloramentos digitais, nós realizamos análises de atributos de fratura e medição de estratificação, distribuições de comprimento de fratura, estimativas de persistência, topológica, morfométrica e investigação geofísica. A análise multiescalar mostra que corredores de fraturas, cavernas e cânions ocorreram ao longo do eixo de uma anticlinal orientada N-S ou paralelo a ele. Os dados de fraturas superficiais e subsuperficiais estão relacionados e com dois eventos de compressão relacionados à orogênese Brasiliana (740-560 Ma). Os expoentes da lei de potência superiores a 2,5 sugerem a influência de todos os comprimentos de fratura na conectividade do Sistema Brejões, enfatizando fraturas menores que 50 m. A análise topológica demonstrou uma rede de fraturas altamente conectada, acima do limite de percolação, com agrupamentos extensos e vários níveis de interações. Esses resultados são suportados pela ampla distribuição de valores de persistência nos mapas de intensidade de fratura (P21) e densidade (P20). Os atributos morfológicos aplicados na prospecção geofísica permitiram a otimização de suas etapas e correlação direta com a assinatura da caverna. O método ERT apresentou uma ampla faixa de resistividade elétrica (100 - 10.000 Ohm.m), refletindo assim diferentes níveis de intemperismo e carstificação no Sistema de Brejões. Com base no cenário geomorfológico e estrutural descrito, os reservatórios do tipo I e II foram associados ao Sistema Brejões. Sua marcada anisotropia pode implicar em rotas preferenciais de migração de fluidos, o que pode impactar todas as fases de exploração. Nossos resultados revelam que o mapeamento de zonas de dano relacionadas a dobras pode ser uma abordagem alternativa para identificar corredores de fraturas em escala sub-sísmica. A utilização do LiDAR como metodologia auxiliar nas etapas de prospecção geofísica com ERT fornece uma nova perspectiva à análise dos efeitos 3D em ambientes cársticos.