Estudo da fauna culicidiana e arbovírus circulantes na unidade de conservação Flona Açu-RN

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Freire, Renato César de Melo
Orientador(a): Gama, Renata Antonaci
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA PARASITÁRIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28753
Resumo: Introdução: Os culicídeos são peças fundamentais na transmissão de diversos patógenos o que faz dessa família de dípteros ter grande importância médica. Um ramo para o entendimento de como essas doenças podem ser controladas é o estudo dos vetores que as transmitem. Logo a importância da realização de estudos que tratem da investigação desses vetores em áreas ainda não exploradas, como unidades de conservação, que podem abrigar esses patógenos. O objetivo deste trabalho foi realizar o levantamento das espécies de culicídeos da Caatinga e a possível presença de arbovírus circulantes. Metodologia: Foram realizadas coletas de mosquitos no período de setembro de 2011 a agosto de 2013 na Floresta Nacional de Açu- RN. Foram usados três tipos de armadilhas: Ovitrampa, Larvitrampa e Armadilha Shannon, com o intuito de coletar as formas de ovo, larva e adultos respectivamente. Os indivíduos coletados foram individualmente identificados usando as chaves morfológicas específicas e os adultos foram submetidos a identificação viral, através da extração do RNA viral, RT-PCR e sequenciamento dos vírus. Resultados e Discussão: Foram coletados oito gêneros da família Culicidae: Aedes, Aedeomyia, Anopheles, Coquillettidia, Culex, Haemagogus, Mansonia e Ochlerotatus. As armadilhas Ovitrampa e Larvitrampa capturaram A aegypti, A albopictus, Haemagogus spegazzini, Culex (Culex) sp, sendo mais positivas nos pontos que se aproximam da área urbana que circundam a Flona, dentre todas as espécies coletadas a mais abundante foi A. aegypti. Na armadilha Shannon identificou-se dezessete espécies e a mais abundante foi a Ochlerotatus scapularis envolvida na transmissão dos arbovírus Melon vírus, Ilhéus vírus, Rocio virus e Encefalite Equina Venezuelana do Leste vírus. Foram encontrados dois novos registros pertencentes à subfamília Culicinae: Mansonia pseudotitillans, e Culex (culex) chidesteri. Esse último foi encontrado pela primeira vez com o vírus Culex Flavivirus (CxFv). O CxFv não tem importância médica, trata-se de um vírus específico do gênero Culex. Esses dados mostram o quão ainda têm-se a revelar sobre o domínio Caatinga do Rio Grande do Norte. Conclusão: Esse trabalho traz um alerta para a preservação das unidades de conservação, pois uma vez que esses ambientes são degradados podem acarretar na exposição de patógenos a vida das pessoas, já que existem diversos vetores mantidos no ambiente.