Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Miranda, Vinícius Nóbrega de |
Orientador(a): |
Jardim, Emanuel Ferraz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEODINÂMICA E GEOFÍSICA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24235
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Resumo: |
Grábens pré-silurianos têm sido interpretados no substrato da Bacia do Parnaíba, com implicações no controle da subsidência e consequente evolução da sinéclise no Fanerozoico. Esta pesquisa apresenta os resultados da interpretação de uma malha sísmica 2-D na porção centro-oeste da Bacia do Parnaíba, com enfoque no intervalo pré-siluriano e no embasamento cristalino subjacente. Busca-se com isso um entendimento mais claro sobre os mecanismos de geração das bacias pré-silurianas e, consequentemente, sobre o contexto geotectônico em que elas se encontravam inseridas. A bacia pré-siluriana na região de Balsas (MA) encontra-se compartimentada por um alto estrutural, em dois depocentros principais. No setor central da área de estudo, os estratos pré-silurianos possuem uma geometria externa do tipo cunha, basculados em direção a uma importante falha normal de direção N-S, com extensão mínima de 100 km, que delimita este depocentro a leste. Por sua vez, o depocentro a oeste do alto estrutural possui uma geometria externa do tipo pires, afinando tanto em direção ao alto interno quanto em direção ao extremo oeste da área de estudo. Foi possível individualizar ao menos duas sismossequências no intervalo pré-siluriano. Dispondo-se discordantemente sobre o embasamento cristalino, tem-se a SEQ 1, caracterizada por um pacote de refletores paralelos de alta amplitude, que formam um arco suave sobre o alto estrutural. A SEQ 2 é caracterizada por refletores de baixa frequência e amplitude, apresentando-se como sismofácies paralelas com mergulho para leste, na região central, que gradam progressivamente para uma configuração caótica conforme avança-se para oeste. Observou-se que ambas as sismossequências encontram-se deformadas por dobras e empurrões no setor ocidental da área de estudo, destoando do caráter distensional da região central. A análise estrutural do embasamento permitiu observar que a seção pré-siluriana se dispõem sobre um substrato tectonicamente imbricado, em regime contracional, marcado por refletores dobrados associados a zonas de cisalhamento dúcteis com vergência para leste. Essas lascas tectônicas encontram-se cavalgando uma unidade sismicamente transparente do embasamento, que caracteriza as porções mais orientais da área de estudo. Entende-se que o intervalo pré-siluriano corresponde a depósitos de wedge-top de um sistema de antepaís que teria se desenvolvido com o avanço da retro-cunha da Faixa Araguaia (embasamento tectonicamente imbricado) sobre o Bloco Parnaíba (embasamento sem feições acústicas), durante o amalgamento do Gondwana Ocidental no Neoproterozoico. O desenvolvimento de novas rampas de empurrão na porção frontal da cunha orogênica teria promovido o soerguimento do alto estrutural, compartimentando a bacia em diferentes depocentros. Ao final da colisão, os empurrões tornaram-se planos preferenciais para reativação normal durante o colapso orogênico, resultando na geometria similar à de um semigráben, observada na região central. Nesse contexto, interpreta-se que a SEQ 1 representaria acumulações carbonáticas associadas aos estágios iniciais do sistema de antepaís, posteriormente soterradas com o avanço dos sedimentos siliciclásticos molássicos relacionados à SEQ 2. Por fim, destaca-se que o truncamento de soleiras intercaladas na SEQ 2, pela Discordância Pré-Siluriana, aponta para a ocorrência de um evento magmático tardicolisional, anterior ao Magmatismo Mosquito. |