Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Sena, Dáurea Adília Cóbe |
Orientador(a): |
Souza, Lélia Batista de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
|
Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS ODONTOLÓGICAS
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/49931
|
Resumo: |
Os tumores de glândula salivar (TGS) apresentam notável complexidade clínica e biológica, razão para a qual muitos estudos investigam os eventos envolvidos na sua progressão. Uma das dinâmicas envolvidas na invasão tumoral de diversos tipos de carcinomas é a transição epitélio-mesênquima (TEM). Neste processo, as células epiteliais sofrem transição para um estado mesenquimal móvel, favorecendo a invasão e metástase. Sendo assim, esta pesquisa analisou a expressão imuno-histoquímica de E-caderina, Twist1, Snail1, α-SMA, metaloproteinases de matriz 9 (MMP-9) e Vimentina (VM) em 90 casos de TGS, correlacionando-os entre si e com parâmetros clinicopatológicos. Foram selecionados 20 casos de Adenoma pleomórfico (AP), 20 casos de Carcinoma mucoepidermoide (CME), 20 casos de Carcinoma adenoide cístico (CAC), 10 casos de Adenocarcinoma polimorfo (ACP), 10 casos de Carcinoma epitelial-mioepitelial (CEME) e 10 casos de Carcinoma ex-adenoma pleomórfico (CexAP). A análise de E-caderina, Twist1, Snail1 foi realizada em parênquima tumoral sendo observado o percentual de células positivas (PP), com escores variando de 0 a 4, e a intensidade de expressão (IE), cujos escores variaram de 0 a 3. A avaliação de MMP-9 foi realizada em parênquima e estroma tumoral, também avaliando-se a PP e a IE, ambos baseados em escores que variaram de 0 a 3. A marcação para α-SMA e VM foi analisada em região de estroma tumoral. Células positivas para α-SMA foram contabilizadas em 10 campos, obtendo-se, então a média. A VM foi avaliada de forma qualitativa, utilizando-se 4 escores de acordo com a IE e se a marcação é difusa ou focal. Os dados obtidos foram analisados no software Statistical Package for Social Science, GraphPad Prism e STATA. O nível de significância de 5% foi adotado para os testes estatísticos. Foi verificada menor imunomarcação de E-caderina nos APs em relação às neoplasias malignas de glândula salivar (NMGS). Observou-se baixa imunoexpressão de Twist1 e Snail1 em APs. Em relação a expressão nuclear do Twist1, constatou-se maior expressão nas neoplasias malignas quando comparadas aos APs. Ainda, Twist1 em núcleo foi correlacionado à expressão citoplasmática de E-caderina nas NMGS. No que concerne aos parâmetros clinicopatológicos, esta proteína se relacionou estatisticamente com maiores chances de óbito. Foi evidenciada baixa imunoexpressão de Snail1 entre as NMGS. No entanto, na análise dos CACs, foi verificada maior expressão nuclear na variante sólida em relação às demais. A expressão de MMP-9 em parênquima demonstrou correlação positiva com Twist1 citoplasmático e Snail1nuclear nas NMGS. A MMP-9 também apresentou correlação positiva na comparação da sua imunoexpressão em região de parênquima e de estroma. A VM se apresentou como um biomarcador a ser considerado na avaliação clínica dos pacientes, já que esta apresentou relação significativa com tamanho do tumor (T3-T4) e maior frequência de óbito. Ademais, a alta expressão desta proteína se apresentou como um fator preditivo independente para piores taxas de sobrevida global (SG). A avaliação dos demais fatores clinicopatológicos apresentou estágios clínicos avançados como indicador de valor prognóstico independente para menores taxas de SG, enquanto que para a sobrevida livre da doença, estes foram a localização em glândula salivar menor e presença de metástase à distância. Os resultados deste estudo sugerem que o processo de TEM pode estar relacionado ao estágio de diferenciação celular em APs e à progressão tumoral nas NMGS. Ressalta-se, também, maior participação de Twist1 e MMP-9 no cenário da TEM em tumores malignos de glândula salivar, além da possibilidade de utilização da VM como indicador de valor prognóstico. |