Distribuição dos mastocitos e proteínas relacionadas com a diferenciação miofibroblástica (SMA, PAR-2, IL-6 e TGFβ1) em tumores de glândula salivar.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Ismerim, Adna Barros
Orientador(a): Santos, Jean Nunes dos
Banca de defesa: Santos, Jean Nunes dos, Xavier, Flávia Caló de Aquino, Freitas, Valéria Souza, Araújo, Iguaracyra Barreto de Oliveira, Sobral, Ana Paula Veras
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Odontologia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Odontologia e Saúde
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23506
Resumo: As neoplasias de glândulas salivares representam um importante grupo de neoplasias cujos aspectos morfológicos são diversos, no entanto, o seu conteúdo estromal tem sido pouco investigado. Este estudo visa estudar a distribuição de mastócitos e proteínas relacionadas (SMA, PAR-2, TGFβ1, IL-6), bem como a sua contribuição na diferenciação miofibroblástica em diferentes neoplasias de glândulas salivares com e sem conteúdo mioepitelial e com alto e baixo índice proliferativo. Técnica imunohistoquímica para triptase de células mastocitárias, SMA, PAR-2, TGFβ1, IL- 6 foi realizada em 10 casos de Adenoma Pleomórfico (AP), nove casos de Adenoma de Células Basais (AB), 10 casos de Adenocarcinoma Polimorfo de Baixo Grau (APBG), 14 casos de Carcinoma Mucoepidermóide (CME) e 10 casos de Carcinoma Adenóide Cístico (CAC), sendo inicialmente os tumores classificados de acordo com o seu conteúdo mioepitelial (<50% ou ≥ 50%) e de proliferação celular (alto ou baixo), por meio da calponina e do Ki-67, respectivamente. Adicionalmente foi realizada dupla marcação imunohistoquímica para mastócitos e actina alfa de músculo liso (SMA). A densidade de mastócitos foi maior na região periparenquimal em todos os tumores, sendo mais elevada nos tumores malignos (p=0,025), especialmente no CME. Foi encontrada uma correlação positiva entre mastócitos intraparenquimais e periparenquimais nos tumores benignos (p=0,020), e uma correlação negativa nos tumores malignos (p >0,05). Tumores benignos com alto índice proliferativo apresentaram alta expressão de PAR-2 e TGFβ1, baixa expressão de SMA e IL-6, e menor densidade de mastócitos periparenquimais quando comparados aos tumores de baixo índice proliferativo; nos tumores benignos com conteúdo mioepitelial <50% observou-se alta expressão de TGFβ1, alta expressão de PAR-2 em 50% dos casos, baixa expressão de SMA e IL-6 e menor densidade de mastócitos periparenquimais quando comparados aos tumores com conteúdo mioepitelial >50% (p>0,05). Tumores malignos com alto índice proliferativo apresentaram alta expressão de PAR-2, baixa expressão de SMA, IL-6 e TGFβ1 e maior densidade de mastócitos totais, intra e periparenquimais quando comparados aos tumores de baixo índice proliferativo; no CME, tumores com baixo índice proliferativo apresentaram maior expressão de SMA (p=0,031); nos tumores malignos com conteúdo mioepitelial <50% observou-se alta expressão de PAR-2, baixa expressão de SMA, IL-6, TGFβ1, e maior densidade de mastócitos totais, intra e periparenquimais quando comparados aos tumores com conteúdo mioepitelial >50% (p>0,05). Quando comparada a densidade de mastócitos com a marcação miofibroblástica (SMA), tumores benignos e malignos com alta expressão de SMA apresentaram maior densidade de mastócitos totais e periparenquimais, com destaque para a densidade periparenquimal no APBG (p=0,017). Em relação à expressão das proteínas PAR-2, IL-6 e TGFβ1 e a densidade de mastócitos e SMA não foi observada diferença estatisticamente significante (p>0,05). Os resultados do presente trabalho apontam para uma possível participação dos mastócitos no desenvolvimento tumoral de tumores de glândula salivar. No entanto, não foi possível estabelecer a relação entre os mastócitos e a diferenciação miofibroblástica em tumores de glândula salivar.