Expressão de marcadores de transição epitélio-mesenquimal em casos de carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço de uma população do Hospital Solca - Equador

• Ano de defesa: 2018
• Autor(a) principal: Binz Ordóñez, Maria Cristina Rockenbach
• Orientador(a): Rados, Pantelis Varvaki
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Transição epitélio-mesenquimal (MET); Carcinoma de células escamosas; Epidemiologia; Vimentina; Caderinas; Prognóstico; Epitelio; Mesoderma
• Palavras-chave em Inglês: Carcinoma of squamous cell; Epidemiology; Vimentina; Caderinas; Prognosis; Epithelium; Mesoderm
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/202720

O carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço (CECP) apresenta altos índices de mortalidade e baixa taxa de sobrevida quando em estágios avançados. Esta característica está associada além das recorrências locais, às metástases loco regionais à distância e devido à falta de diagnóstico precoce. A identificação das características clínico-epidemiológicas de uma população específica facilitam o entendimento da patologia em si, favorecem o diagnóstico , prognóstico e tratamento . No Equador não existem estudos específicos destas características, tampouco do perfil de expressão das proteínas envolvidas no processo de transição epitélio mesenquimal (EMT), fator relacionado com processos de invasão e metástases e responsável pela baixa taxa de sobrevida. Para o desenvolvimento deste trabalho foram analisados 309 prontuários de pacientes com diagnóstico de tumor maligno de cabeça e pescoço no período de janeiro de 2004 à junho de 2017 do Hospital SOLCA de Quito- Equador (HSQ). Foram coletados dados epidemiológicos, parâmetros clínicos, características histopatológicas e prognóstico destes pacientes. Desta população foram selecionados 148 prontuários de pacientes com o diagnóstico de CECP que cumpriram com os critérios de inclusão e exclusão. Destes 48,6% eram homens e 51,4% mulheres, 30,4% tinham menos de 50 anos e 69,6% tinham mais de 50 anos de idade. A análise dos dados, mostrou que o desfecho (favorável para pacientes vivos e sem recidiva e desfavorável para os pacientes com recidiva, metástases ou óbitos) tem associação significativa com: o tempo de evolução, localização das lesões, tipo de tratamento, presença de metástases à distância, metástases regionais, tamanho do tumor e com o estado civil dos pacientes. Utilizamos 22 amostras tumorais de carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço (CECP) desta população, e, correlacionamos as características clínicas e histopatológicas, os dados epidemiológicos e prognóstico com a expressão de marcadores vinculados ao processo EMT. Foi observada relação estatisticamente significativa em relação à metástase à distância, onde a ausência desta, estava associada a um melhor prognóstico, e sua presença a um pior prognóstico e verificamos ainda associação significativa entre a baixa expressão de E-CAD e o processo de EMT, assim como a alta expressão desta proteína com o processo de transição mesênquima-epitelial (MET).