Avaliação da massa muscular e da mioesteatose em pacientes com câncer incurável
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Nutrição Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Alimentação, Nutrição e Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20844 |
Resumo: | Ao longo da última década, o número de estudos sobre sarcopenia em indivíduos com neoplasias malignas aumentaram consideravelmente. Nos pacientes com câncer a sarcopenia é definida como depleção muscular grave, miopenia ou sarcopenia secundária. A tomografia computadorizada (TC) é considerada método padrão-ouro para a avaliação da massa muscular, uma vez que, além de fazer a quantificação da massa muscular com precisão, permite a identificação da infiltração de tecido adiposo muscular, denominada mioesteatose. Os objetivos deste estudo foram: (1) desenvolver e validar uma equação de predição de massa muscular esquelética (MME) baseada em variáveis antropométricas e na força de preensão manual (FPM); (2) investigar os fatores associados à radiodensidade do músculo esquelético (RME) avaliada por TC; e (3) investigar a associação entre diferentes fenótipos de músculo esquelético com resposta inflamatória sistêmica, capacidade funcional e sobrevida global. Três artigos serão apresentados, sendo que cada um responderá a um dos três objetivos propostos. Para todos os artigos, os critérios de inclusão adotados compreenderam idade maior que 20 anos, apresentar Karnofsky Performance Status (KPS) superior a 30% no momento da avaliação e possuir imagens de TC das regiões pélvica e abdominal no intervalo de até 30 dias da data de inclusão na pesquisa. O artigo 1 desenvolveu e validou uma equação de predição da MME usando como referência a MME avaliada por TC em 272 pacientes (68% do sexo feminino; mediana de idade de 60 anos) com câncer incurável. A equação de estimativa desenvolvida neste estudo incluiu as variáveis sexo, raça/cor da pele autorrelatada, peso corporal, área muscular do braço corrigida (AMAc) e FPM, apresentando R2 ajustado de 0,60 e raiz do erro quadrático médio de 5,82, cuja fórmula segue descrita: massa muscular (cm2) = 57,37 + peso (kg) x 0,38 + AMAc (cm) x 1,17 + FPM (kg) x 0,65 + 7,75 (se raça/cor da pele negra) – 22,96 (se sexo feminino). O artigo 2, de delineamento transversal, analisou os fatores associados à RME por meio de modelos de regressões lineares em uma amostra de 393 pacientes (mediana de idade de 61 anos, 69,7% do sexo feminino) com câncer incurável. Os modelos multivariados demostraram associação significativa e direta entre a RME e as variáveis albumina sérica, FPM, MME e câncer gastrintestinal e associação significativa e indireta entre RME e idade, raça/cor da pele branca, adiposidade corporal e diagnóstico de câncer ginecológico ou tecido ósseo e conectivo. O artigo 3 inclui 326 pacientes com câncer incurável (mediana de idade de 60 anos, 67,5% do sexo feminino) e demonstrou que fenótipos de baixa MME e mioesteatose, particularmente quando combinados, se associaram a pior desempenho de função física e maior resposta inflamatória sistêmica avaliada por meio de diferentes indicadores inflamatórios. Além disso, a presença de mioesteatose aumentou o risco de morte em um período de seguimento de 90 dias. Em conclusão, os três artigos apresentados na presente tese possibilitaram propor uma equação como alternativa simples e de baixo custo para a avaliação da MME de pacientes com câncer avançado. Ademais, mostraram os fatores associados à RME e aos diferentes fenótipos musculares. |