O Geossistema como categoria analítica da Geografia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Sandro Damião Ribeiro da
Orientador(a): Diniz, Marco Túlio Mendonça
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/52447
Resumo: A Geografia é uma ciência com características únicas. Estando numa posição de privilégio, mas, ao mesmo tempo, de difícil delimitação, a ciência geográfica se coloca entre as ciências humanas e naturais. Mas, também, se põe no rol duplo das ciências básicas e aplicadas. E essa encruzilhada é provocada, principalmente, pela sistematização recente, realizada em terras germânicas há pouco mais de dois séculos. Como resultado deste fenômeno, a Geografia tem seus principais conceitos advindos de outras ciências e ainda ressignificados em tempos atuais. Mas, o Geossistema, criado há quase 60 anos, pelo cientista soviético Viktor Sochava, é o que mais se aproxima de um ente teórico inteiramente geográfico. E, apesar de estar contido na Geografia, o Geossistema, por motivos díspares, foi incompreendido, sobretudo na Geografia ocidental. Entendido, inicialmente, como um núcleo teórico e, depois, como um conceito, o Geossistema acabou perdendo sua maior capacidade, que é a analítica em forma de categoria. E isso, apesar de parecer óbvio, ainda não foi sistematizado, de modo que os entendimentos do Geossistema como um conceito e um táxon são preponderantes na Geografia atual, mesmo que ambos possuam imperfeições lógico-filosóficas. Assim, essa tese, de caráter eminentemente teórico e epistemológico, busca estabelecer o Geossistema num lugar que lhe é próprio, passando por uma revisão filosófica de suas bases iniciais, bem como por parte da literatura consagrada nas escolas francesa e soviética em Geografia, exemplificando, também, na Geografia brasileira e seus famosos estudos de Unidade de Paisagem. Dessa forma, este estudo de tese conduz o pensamento geossistêmico a um avanço teórico inédito, no qual o Geossistema passa, enfim, a ser consolidado como uma categoria de análise, colocando-o num lugar merecido, sem maior destaque ou menor importância.