Zonificação ambiental do estado do Maranhão utilizando os geossistemas como categoria geográfica de análise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: MARQUES, Valter José lattes
Orientador(a): SZLAFSZTEIN, Cláudio Fabian lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geografia
Departamento: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9032
Resumo: Com 331.937 km2 o Estado do Maranhão situa-se na transição entre os biomas da caatinga a leste, para cerrado e matas de babaçu e finalmente florestas ombrófilas densas a oeste. Na dimensão latitudinal distinguem-se dois grandes compartimentos: costeiro e continental, separados por um degrau tectônico EW/ NW. A essa diversidade geográfica correspondem nuanças geológicas, geomorfológicas, climáticas e pedológicas, que se traduzem por diferentes ocupações e usos do espaço geográfico. Até aqui, o planejamento territorial tem se apoiado na divisão político-administrativa e nos usos reais ou potenciais. As abordagens ambientais baseiam-se no rebatimento temático sobre a dimensão ecológica e/ou os compartimentos geomorfológicos. No presente estudo optou-se pela zonificação ambiental sob a perspectiva sistêmica do método Geossistema- Território-Paisagem, agregando-se os vieses físico, biótico e social-cultural. A discriminação dos geossistemas e a busca por suas origens permitiu que se entendesse o quão eles estão conectados à evolução tectônica da plataforma continental brasileira, decorrente da deriva continental que separou Brasil de África. Na escala regional/local os 12 geossistemas mapeados se comportam como “ladrilhos” crustais movimentados por forças da dinâmica interna da Terra. O delineamento das unidades, geossistêmicas mapeadas é coerente com o das anomalias gravimétricas e também acompanham a compartimentação das bacias hidrográficas. Os diversos temas dos meios físico e biótico encontram-se refletidos nas unidades geossistêmicas o que comprova a sua natureza sistêmica. Da mesma forma que a diversidade de usos, ocupações e os aspectos culturais. Em conclusão, a zonificação ambiental com base em geossistemas viabiliza a gestão territorial simultaneamente através de seus vieses ambiental, hídrico, ecológico e econômico. A retrospectiva das territorialidades, implantadas ao longo da história do Maranhão, corroborou que as referidas representaram uma força-motriz à produção de matérias primas para mercados globais. Tal fato, associado a políticas aleatórias e imediatistas, resultou na exclusão social de significativas porções populacionais. A formulação de cenários alternativos, sob a ótica do desenvolvimento sustentável, propugna por novas políticas baseadas numa visão territorial geossistêmica e que se priorizem as inovações tecnológicas, com respeito à matriz energética, infraestrutura, verticalização das cadeias produtivas locais e a adoção de políticas que preservem ecossistemas e conservem os serviços ambientais.