Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Damasceno, Stephane Louise Vasconcelos |
Orientador(a): |
Araújo, José Sávio Oliveira de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARTES CÊNICAS
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28161
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Resumo: |
Em meio às diversas pesquisas que se realizam acerca das cenografias e das tecnologias da cena, ainda é possível pensar uma “dramaturgia da cara pintada”? As reflexões que fazemos em torno de uma dramaturgia da “cara pintada” assentam-se na área das Artes Cênicas, como um estudo teatral alinhado à perspectiva de um teatro que compreenda a imagem e o corpo para além do entendimento que tivemos na modernidade, ou seja, compreendemos o corpo como percepção e sentido e a imagem, como um dispositivo e uma presença. Para tanto, fazemos uso da percepção, aos moldes da fenomenologia (Merleau-Ponty, 1996); da experiência como método de produção de conhecimento (Larossa, 2002) e da dramaturgia como tessitura da teatralidade (Pavis, 1999; 2003; 2017), a partir de uma semiologia (Barthes, 1987; 2007) do mundo contemporâneo. Isso, porque reconhecemos a “pintura da cara” como um fenômeno que está para além da compreensão da maquiagem enquanto tecnologia de cena ou aparato visual ou técnica cenográfica ou, mesmo, estética da composição plástica da personagem. O presente trabalho considera a “cara pintada” um dos momentos mais significativos da criação teatral contemporânea, apresentando-a como uma possível solução para o problema da maquiagem como uma poética da cena. Partimos da investigação do ato de pintar-se como poética do sujeito para discutir a importância da pintura da cara enquanto elemento civilizatório humano. Para tal, organizamos uma breve “cosmogonia” acerca das narrativas que estes constroem através de suas pinturas para construir significados na sociedade em que estão inseridos, através de um “sistema da linguagem” que se organiza na “figura” através da pintura. A partir daí, buscamos investigar a possibilidade de uma leitura da “experiência” da pintura do rosto e dos aspectos de seu uso na cena teatral, como um fenômeno dramatúrgico. Para isso, tentamos discutir a maquiagem, em seu sentido mais amplo, como manifestação da teatralidade e o fazemos relatando e dialogando com fenômenos de composição plástica a partir de experiências práticas de actantes. Acreditamos na cara pintada como uma síntese conceitual cíclica da mise-enscène: drama + ação + tempo/espaço + imagem + percepção + leitura + comoção + entendimento + novo drama. Dessa forma, no hall das novas dramaturgias, a cara pintada pode ser compreendida como uma poética teatral da cena. |