Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Freitas, Juliana Karla Garcia Ribeiro |
Orientador(a): |
Damasceno, Karla Suzanne Florentino da Silva Chaves |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/55681
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Resumo: |
A contaminação dos alimentos por cepas enterotoxigênicas de Staphylococcus spp. é comum por estas habitarem naturalmente as vias aéreas humanas e serem isoladas de diversos animais. Espécies do gênero podem produzir enterotoxinas, causando a intoxicação alimentar estafilocócica, que apesar da subnotificação é uma das Doenças Transmitidas por Alimentos mais comuns no mundo. Esta revisão sistemática objetivou reunir informações de estudos existentes no mundo sobre a pesquisa da enterotoxina estafilocócica (SE) em alimentos, sistematizar os resultados por meio de meta-análise e responder à pergunta: Qual a prevalência mundial de SE em alimentos contaminados por Staphylococcus spp.? Foram seguidas as diretrizes do Preferred Reporting Items for Systematic Review and Meta-Analyses (PRISMA) e o protocolo foi registrado no PROSPERO (CRD42021258223). Os critérios de elegibilidade foram definidos com base no PECOS (Population - estudos primários relatando análise de SE em alimentos, Exposure - alimentos expostos naturalmente ao Staphylococcus spp., Comparator - não aplicável, Outcomes – primário: identificação da SE no alimento e secundários: os tipos de toxinas e os alimentos envolvidos, and Study Types - estudos primários transversais). As buscas foram realizadas nas bases: Medline, GALE, Science Direct, CAB Direct, Google Scholar, além de busca manual, diretório de teses e dissertações, e órgãos de saúde dos países. Foram incluídos estudos publicados nos últimos 20 anos, sem restrição de idioma e que atenderam aos critérios. O risco de viés dos estudos inseridos foi avaliado pela ferramenta do Instituto Joanna Briggs para estudos de prevalência. As etapas foram realizadas por dois pesquisadores independentes, e um terceiro foi responsável pela resolução dos conflitos. A heterogeneidade dos resultados foi avaliada por meio das estatísticas i-quadrado (I²) e tau-quadrado (t²). Foram recuperados 2382 artigos e exportados para o aplicativo Rayyan Intelligent Systematic Review, que foi utilizado para seleção de estudos em diferentes fases. Foram incluídos 35 estudos na revisão e meta-análise. Foram formados três grupos de alimentos: 1- laticínios, 2- produtos cárneos e 3- outros alimentos. Neste último foram incluídos alimentos mistos e outros menos citados. A prevalência (%) da SE foi calculada levando em consideração o número de eventos (alimentos positivos para a enterotoxina)/número de amostras em que a SE foi pesquisada. Na meta-análise a prevalência de amostras positivas para SE do grupo 1 foi 18,7% (95%, IC 7,41-31,94; p<0,01, I2= 97%), no grupo 2 a prevalência foi 1,78% (95%, IC 0,0-16,7; p<0,01, I2= 97%) e no grupo 3 de 27,1% (95%, IC 0,24- 67,53, p<0,01, I2= 97%). Os resultados mostraram alta prevalência de enterotoxina em alimentos contaminados por Staphylococcus spp. A maioria dos estudos não especificou a enterotoxina encontrada. Dentre os que citaram, a SEA foi a mais citada (n=15), seguido da SED (n=10), SEC (n=8), SEB e SEE (n=6) e apenas 1 achado para a SEH. É necessário a realização de mais estudos com a análise da enterotoxina para ampliar a percepção dos riscos à segurança dos alimentos, contribuir para o estudo do perfil epidemiológico e orientar esforços dos órgãos de saúde para o desenvolvimento de medidas preventivas relacionadas às Boas Práticas de Fabricação e Manipulação de Alimentos. |