Estudo de pré-formulação para a obtenção de uma formulação de captopril para uso pediátrico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Goes, Janaina da Silva
Orientador(a): Raffin, Fernanda Nervo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21710
Resumo: Atualmente, os medicamentos utilizados em crianças são adaptados a partir de formas farmacêuticas sólidas desenvolvidas para adultos. O captopril é amplamente adaptado para formulação líquida em hospitais. Sua estabilidade em meio aquoso é reduzida, pois sofre oxidação gerando o dissulfeto de captopril. Com o intuito de garantir a estabilidade do fármaco e dosagem precisa, foi desenvolvido um estudo de pré-formulação para a obtenção de uma formulação de captopril em pó para constituição de uma solução estável de uso pediátrico. A compatibilidade entre o fármaco e os possíveis excipientes foi avaliada através das análises de calorimetria de varredura diferencial (DSC) e o comportamento térmico do captopril através das análises termogravimética (TG) e térmica diferencial (DTA). Em seguida, foram realizados os ensaios de análise granulométrica e das medidas indiretas de fluxo do captopril e dos excipientes. Para estudo em solução, foram obtidas diferentes formulações a partir de planejamento fatorial, em que se variou a concentração de EDTA (0,005 e 0,1%) e pH (2,5; 4,0 e 5,5) em água destilada e água mineral, que foram armazenadas a 60°C e analisadas ao longo de doze dias por CLAE para avaliação da estabilidade do captopril. Nas curvas DSC das misturas de captotpril com os conservantes, a sucralose e o ácido cítrico, os eventos térmicos de cada substância isolada não foram mantidos. Nas demais curvas das misturas binárias os eventos correspondentes a cada componente foram preservados, indicando compatibilidade entre as substâncias. Foi observada uma grande diferença na distribuição e diâmetro médio das partículas e densidade dos agentes tamponantes em comparação às demais substâncias, o que pode ocasionar a segregação da mistura de pós. A partir do estudo da estabilidade das soluções, foi verificado que as variáveis interferem significativamente (p = 0,05) no teor do captopril, sendo o pH o fator mais relevante. As interações entre as variáveis foram significativas, com maior estabilidade observada em pH próximo a 4,0, maior concentração de EDTA e uso de água mineral. Com base nos resultados, pode-se concluir que o desenvolvimento de uma formulação de captopril estável é viável desde que sejam adotadas medidas estratégicas a fim de se evitar a segregação dos pós constituintes da formulação.