Trabalho emocional como preditor de burnout entre policiais militares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Alves, Joatã Soares Coelho
Orientador(a): Bendassolli, Pedro Fernando
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20428
Resumo: O objetivo desta pesquisa foi verificar o papel preditor do trabalho emocional na incidência de burnout em policiais militares. Participaram 525 profissionais militares do estado de Rio Grande do Norte, Brasil. Os instrumentos utilizados foram a Emotional Labour Scale, a Emotion Work Requirements Scale e a subescala de exaustão emocional do Maslach Burnout Inventory for Human Service Survey, previamente adaptados para o português. As duas primeiras escalas passaram por uma validação cruzada, e foi realizada uma regressão múltipla com os fatores delas derivados e variáveis sociodemográficas. Os resultados indicam que estes fatores do trabalho: emocional variedade e intensidade das emoções, frequência de interação com suspeitos e criminosos, atuação profunda e atuação superficial, e a necessidade de expressar emoções positivas como parte do trabalho policial foram preditores de exaustação emocional e incidência de burnout. As variáveis sociodemográficas: ensino médio completo, ser Cabo, e atuar no serviço externo também tiveram um poder preditivo sobre o burnout. O presente estudo, ao elucidar as características do manejo das emoções em resposta às necessidades organizacionais do trabalho na PM, e o impacto disso sobre um adoecimento prevalente nesta população, contribui não apenas com a literatura sobre a temática, que no Brasil é escassa, mas com informações que podem fomentar a criação de políticas de saúde mais efetivas e atentas aos aspectos emocionais do trabalho policial, que muitas vezes são negligenciados.