Síndrome de Burnout e Coping Ocupacional: Um estudo com policiais militares

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Gomes, Gabrielly Batista
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso embargado
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba; Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP; Brasil; UEPB; Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde - PPGPS
• Palavras-chave em Português: Burnout; Coping ocupacional; Estresse; Policiais militares; Military Policemen; Stress; Occupational Coping; PSICOLOGIA::PSICOLOGIA DO TRABALHO E ORGANIZACIONAL
• Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4512

As particularidades e desdobramentos do capitalismo flexibilizado vêm produzindo um aumento significativo de estressores laborais e, consequentemente, de trabalhadores adoecidos por completa exaustão no trabalho, dando origem à Síndrome de Burnout (SB). A SB surge como uma resposta ao estresse ocupacional crônico e tende a ocorrer quando as estratégias do trabalhador falham ou são insuficientes para enfrentar eficazmente os fatores estressantes do ambiente laboral (Coping). A presente pesquisa se propôs avaliar a presença da SB relacionando-a às estratégias de Coping e aos aspectos de trabalho, percebidos como estressantes, por policiais do 3º Batalhão de Polícia Militar da cidade de Patos, Paraíba, Brasil. O tipo de estudo foi descritivo, ex post facto, com corte transversal e abordagem quantitativa. Participaram da pesquisa 200 policiais (50% da população), de forma voluntária e anônima, respondendo aos instrumentos: Cuestionário para la Evaluación del Síndrome de Quemarse por el Trabajo (CESQT), Escala de Coping Ocupacional (ECO) e um Questionário Sociodemográfico e Laboral. Foi utilizado o software SPSS para registrar os dados e efetuar estatísticas descritivas, correlacionais e regressões lineares múltiplas e o software Iramuteq para realizar estatísticas R de análise de conteúdo. Os resultados indicam 21,5% da amostra com SB nas suas formas moderada (18%) e grave (3,5%). Para o enfrentamento do estresse ocupacional, o Coping Controle se destacou como a estratégia mais usada entre os policiais e a que se destacou como melhor previsora da dimensão Ilusão pelo Trabalho da SB. Referente aos estressores laborais percebidos, a análise de conteúdo das respostas identificou que a palavra mais evocada foi ‘falta’, designando aspectos que configuram estressores laborais para os policiais, a exemplo da falta de reconhecimento por parte da sociedade, dos superiores e da própria instituição militar, bem como a falta de condições adequadas para realização do seu trabalho. A pesquisa contribuiu para evidenciar que os policiais militares do 3º BPM experimentam situações estressantes de trabalho que podem desencadear o desenvolvimento da SB e usam estratégias de Coping do tipo resolutiva no combate aos estressores ocupacionais. Esta contribuição pode ser usada pelo Comando do 3º BPM em intervenções psicológicas e programas voltados à melhoria das condições concretas de trabalho e saúde do trabalhador.