Sistema de Apoio a Decisão Espacial (SADE) para definição de corredores ecológicos em escala grande

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Pereira, Vitor Hugo Campelo
Orientador(a): Cestaro, Luiz Antonio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25611
Resumo: Considerando os efeitos negativos da fragmentação florestal, surgiram alternativas que visam à conservação de diversos biomas. Dentre essas alternativas, destaca-se a criação de corredores ecológicos por conectar os remanescentes florestais, aumentando a conectividade da paisagem e fornecendo ganhos significativos em relação à biodiversidade. Os projetos institucionais para implementação de corredores ecológicos no Brasil utilizam escala regional, possuem foco, tão somente, na indicação de áreas para conservação e não evidenciam como conectar tais áreas. Para o estabelecimento de corredores ecológicos são demandadas análises multidisciplinares para a tomada de decisão quanto as rotas mais adequadas para interligar os fragmentos florestais, além de uma escala de trabalho municipal, uma vez que é a menor unidade de gestão territorial e por oferecer um detalhamento que permite a avaliação minuciosa dos elementos que compõem a paisagem. Nesse contexto, a Geografia pode fornecer importantes contribuições, através da análise da integrada da paisagem e do uso da modelagem a partir de Sistemas de Informação Geográfica (SIG), tornando o processo de tomada de decisão mais consistente a partir da conformação de Sistemas de Apoio a Decisão Espacial (SADE). A presente pesquisa objetiva elaborar um Sistema de Apoio a Decisão Espacial (SADE) em escala cartográfica grande com vistas o estabelecimento de propostas de corredores ecológicos, delineados a partir de elementos socioeconômicos, ambientais e da legislação ambiental brasileira. Para tanto, a metodologia adotada está fundamentada na modelagem da paisagem a partir da abordagem Geossistêmica e subdividida quatro etapas: Análise, Integração, Síntese e Aplicação. Na primeira etapa são analisadas a fragmentação florestal, a conservação e o risco de perturbação nos remanescentes florestais. Na segunda etapa são selecionados os critérios para composição dos quatro modelos criados na terceira etapa. Esses modelos quatro modelos objetivam indicar áreas potenciais para implantação de Corredores Ecológicos a partir das perspectivas ambiental (potencial à erosão), socioeconômica (custos, menores rotas, preço da terra), legislativa (áreas protegidas pela legislação ambiental) e integrada (combinação de elementos ambientais, socioeconômicos e legislativos). Com base nesses modelos, na etapa de Aplicação foram propostas rotas de interligação denominadas de “Cenários”, que subsidiarão a tomada de decisão com a finalidade de conectar os fragmentos florestais da área de estudo. Os resultados indicaram que as propostas de corredores ecológicos de cada Cenário refletem diferentes formas de se analisar a paisagem. As propostas de conexão do Cenário 3 (legislativo) apresentam boas possibilidades de aplicação, em razão do respaldo legal para a proteção das áreas utilizadas e pelas viabilidades ambiental e socioeconômica das mesmas. O conjunto de propostas de conexão do Cenário 4.4 (integrado sem atribuição de pesos) apresentou o maior número de vantagens em relação aos parâmetros de comparação entre os Cenários propostos. No entanto, a escolha de uma proposta em detrimento das outras depende diretamente dos objetivos do decisor, que por sua vez, deve avaliar qual das propostas ajusta-se melhor aos seus interesses ou ainda utilizar o SADE para realizar novos testes para criação de outros Cenários de delimitação de corredores ecológicos.