Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Barros, Pollyanna Lima de |
Orientador(a): |
Melo Júnior, Orison Marden Bandeira de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28502
|
Resumo: |
Temas referentes à (i)migração têm sido, cada vez mais, alvo de debates sociais, políticos e acadêmicos. A literatura, por sua vez, preenchida ideologicamente por posições axiológicas em torno deles, representa mundos ficcionais em que a experiência migratória se torna uma arena de discursos que refletem e refratam o processo de hifenização de personagens migrantes. Dentre esses discursos, há o referente à mulher e seu posicionamento diante do patriarcalismo social. Esta pesquisa visa, portanto, participar desse diálogo, tendo como corpus um romance cujo enredo está centrado nessa experiência de migração, a saber, Le ventre de l’atlantique de Fatou Diome (2003). Com base em pressupostos do dialogismo (BAKHTIN, 2011; 2015; 2016; 2017; VOLOCHÍNOV, 2013; VOLÓCHINOV, 2017), discutindo conceitos, como palavra, ideologia, dialogismo, enunciado, discurso na vida e na arte, e o discurso no romance, buscamos compreender como se dá a formação ideológica feminina da mulher de fronteira nesse romance. Metodologicamente, seguimos a proposta de análise sociológica de Volochínov (2013), por meio da qual o ponto de partida de uma análise é a materialidade do texto, que, por ter a palavra, signo ideológico (VOLÓCHINOV, 2017), como sua matéria e instrumento, busca significação social (BAKHTIN, 2015). Diante disso, buscamos encontrar por meio dos discursos de e sobre Salie, protagonista do romance Le ventre de l’atlantique, como se deu a sua formação ideológica que, segundo Bakhtin (2015), é um processo de constante embate entre discursos autoritários e discursos interiormente persuasivos. Percebemos que a luta entre esses discursos em uma situação de fronteira, permitiu, por meio de uma assimilação seletiva de discursos (BAKHTIN, 2015), que ela se reconhecesse como mulher daqui e de lá, ou seja, uma mulher para quem o termo ‘hibridização’ deixou de significar prisão aos discursos da tradição para a liberdade da experiência migratória. |