Dança do ventre: uma perspectiva dialógica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: GELETKANICZ, Marice Fiuza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias Sociais e Tecnologicas#
#-8792015687048519997#
#600
Brasil
UCPel
Programa de Pos-Graduacao em Letras#
#8902948520591898764#
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/jspui/723
Resumo: É fato que ―os estudos de Bakhtin e do Círculo constituem contribuições para uma teoria da linguagem em geral e não somente para uma teoria da linguagem verbal, quer oral ou escrita‖ (BRAIT, 2013). Assim, este trabalho propõe uma relação entre dança como ato concreto e projeto enunciativo inspirada pela diretriz arquitetônica bakhtiniana. A natureza visual dessa enunciação a distingue discursivamente e lhe confere seu status estético, requerendo formas outras de leitura. A fim de que se possa falar de uma arquitetônica visual, como ponto de partida, busca-se identificar o que constitui o conteúdo, o material e a forma na dança/no dançar. Para tanto, este estudo propõe a análise de quatro coreografias de dança do ventre, disponíveis em vídeo, via internet. Trata-se, pois, de enfocar aspectos relacionados ao modo como as bailarinas constroem a sua dança e, mediante valorações sociais, revelam e/ou denunciam marcas enunciativas. Portanto, a partir da noção de conteúdo, investiga-se como o aspecto ideológico/valorativo é representado pelas bailarinas-criadoras; a partir da noção de forma composicional, investiga-se para quem elas dançam com base nas marcas enunciativas visuais mobilizadas para envolver seu interlocutor presumido em dado contexto; a partir da noção de forma arquitetônica, investiga-se o que cada uma das apresentações traz como especificidades em termos de significação e sentido. Tal percurso metodológico possibilita evidenciar o dialogismo através do visual, mostrar que diferentes vozes ressoam na dança do ventre através do tempo-espaço, o que ratifica a inviabilidade de se falar de uma ―essência da dança do ventre‖, instigando, consequentemente, a reflexão acerca do que não seria, nesses termos, uma hibridação. Isso conduz à percepção a respeito do que constitui as relações dialógicas na dança e da forma como nela elas se dão, viabilizando chegar às peculiaridades que aqui interessam como uma possibilidade outra de compreender o objeto estético dança e contribuir para os estudos bakhtinianos do visual.