A secular feminização do magistério e a profissionalização certificada da mulher potiguar nos cursos normais regionais (1946-1971)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Santos, Gillyane Dantas dos
Orientador(a): Stamatto, Maria Inês Sucupira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/49557
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo destacar em que medida a feminização do magistério contribuiu para a profissionalização certificada das mulheres, identificando os Cursos Normais Regionais no movimento de interiorização da formação docente no Rio Grande do Norte. Essa discussão envolve processos iniciados desde o século XIX e que ganharam maior força no decorrer do século XX, não podendo deixar de serem analisados, conferindo ao estudo o recorte temporal que compreende o período de 1827 a 1971. Esta pesquisa versa sobre a história da educação com o olhar voltado à educação feminina, estando configurada nos pressupostos da Nova História. Metodologicamente, a pesquisa partiu de uma pesquisa bibliográfica em que dialogamos com os estudos de Safiotti (1976), Almeida (1998, 2007, 2014), Louro (2009, 2014), Stamatto (2002, 2020), Aquino (2007), Garcia (2008), Magalhães (2004), Saviani (2007), de modo a compreender esse panorama social e educacional que envolve a temática. Além disso, desenvolvemos a análise documental à luz das obras de Le Goff (2013) e Certeau (2007). As fontes utilizadas contemplam legislações educacionais tanto no contexto nacional quanto regional; anuários estatísticos do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE); relatórios e falas dos presidentes provinciais, bem como mensagens governamentais do Rio Grande do Norte; jornais, tais como: A Folha, Diário de Natal, O Poti, A República; trabalhos já produzidos que versam sobre a temática central; fotografias; além de documentos escolares. Dessa maneira, para atingir o objetivo, foi necessário inicialmente discutir e refletir sobre o processo de feminização do magistério e de institucionalização do ensino normal e, por fim, identificar como ambos os movimentos, associados à disseminação dos Cursos Normais Regionais no RN fomentaram a profissionalização da mulher. O estudo realizado nos permite concluir que, inseridos em um contexto de majoritária presença feminina na função de professoras primárias, os referidos cursos de formação para o magistério se configuraram como possibilidades reais do acesso de mulheres a uma profissionalização certificada.