Primatas da Mata Atlântica: mudanças climáticas, disponibilidade de hábitat e representação em unidades de conservação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Lima, Adriana Almeida de
Orientador(a): Pinto, Miriam Plaza
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/50987
Resumo: A redistribuição de espécies gerada pelas mudanças climáticas põe em perigo a biodiversidade em todo o globo. Compreender os mecanismos que influenciam o rearranjo espacial das espécies é importante para estimar as consequências da nova configuração de espécies no funcionamento do ecossistema. Além disso, é fundamental compreender como essa redistribuição espacial afetará a eficiência das unidades de conservação no futuro, uma vez que são elementos estáticos na paisagem ao contrário das condições do clima que se alteram no tempo. Modelamos a adequabilidade climática atual e futura de primatas da Mata Atlântica brasileira visando: i) investigar como as mudanças climáticas influenciarão as distribuições de primatas da Mata Atlântica; ii) investigar as mudanças geográficas potenciais nas diferentes regiões limítrofes das distribuições de espécies de primatas da Mata Atlântica frente às mudanças climáticas; e iii) avaliar os efeitos das mudanças climáticas sobre a representação de espécies de primatas da Mata Atlântica brasileira em unidades de conservação. Nossos resultados mostraram que as mudanças climáticas esperadas até 2100 podem: i) reduzir a área de distribuição climaticamente adequadas para as espécies de primata no bioma; ii) proporcionar contração na borda norte das distribuições das espécies, indicando que a distribuição das espécies deve se deslocar para o sul sem que haja expansão das bordas ao sul; iii) reduzir a proporção das distribuições das espécies representadas em unidades de conservação no bioma, tornando o sistema nacional de unidades de conservação menos eficientes em representar os primatas no Brasil. Há uma necessidade urgente de que o estabelecimento de novas áreas protegidas, rotas de dispersão através de corredores ecológicos e as ações de restauração de hábitat, sejam direcionados para áreas com potencial de adequabilidade climática no futuro.