Tradução e adaptação transcultural do Model Disability Survey para o Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Érika Giovana Carvalho da
Orientador(a): Lima, Nubia Maria Freire Vieira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/44871
Resumo: Introdução: Embora a morbimortalidade seja importante, os indicadores de saúde relacionados à funcionalidade também devem ser incorporados aos sistemas brasileiros de coleta de dados. Nesse sentido, surgiu o Model Disability Survey (MDS), uma ferramenta da Organização Mundial da Saúde, baseada no modelo biopsicossocial da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde. Tal instrumento apresenta caráter padronizado para coleta de dados em inquéritos a nível populacional, que fornece informações sobre como as pessoas com e sem deficiência conduzem suas vidas e as dificuldades que encontram. Objetivo: Traduzir, adaptar transculturalmente e analisar a validade de conteúdo da versão brasileira do MDS. Métodos: O corte transversal foi realizado em cinco etapas: tradução inicial, síntese das traduções, retrotradução, revisão por comitê de especialistas e pré-teste. O estudo seguiu normas operacionais internacionais e nacionais vigentes para estudos de tradução e adaptação transcultural de instrumentos em saúde, com respaldo às exigências de equivalência semântica, idiomática, experimental e conceitual. Para a etapa de pré-teste foram elencados os seguintes critérios de inclusão: pessoas maiores de 18 anos, de ambos os sexos, com ou sem deficiências, com ou sem escolaridade formal e com capacidade cognitiva de responder ao questionário. Os critérios de exclusão adotados foram negar-se a responder a todas as perguntas do questionário, assim como desistir da entrevista sem a mesma ter sido finalizada. Resultados: O instrumento MDS foi considerado com uma totalidade de 474 itens, os quais houve um total de 1896 análises de acordo com as quatro equivalências. Destes, 17,25% foram julgados como parcialmente adequados e inadequados pelos especialistas. Um total de 160 itens foram encaminhados para discussão com os demais membros do comitê. Após o esclarecimento e ajuste de todas as discrepâncias, a versão pré-final foi aprovada por todos os juízes. No pré-teste, foram realizadas 22 entrevistas no Rio Grande do Norte (73,3%), 4 no Ceará (13,3) e 4 na Paraíba (13,3%), que tiveram tempo médio de 123 minutos de duração. O público-alvo deste estudo foi composto por 30 participantes com predomínio de mulheres, solteiras, adultos jovens, autodeclaradas pretas ou pardas, com escolaridade a partir do ensino técnico, com predomínio de trabalhadores ativos e que residiam com 3 moradores nos seus domicílios. Foram citadas 127 condições de saúde, sendo as mais frequentes ansiedade e dores nas costas/hérnias discais. Após a aplicação, as respostas foram analisadas e 63 itens foram citados como necessitando de algum ajuste, no entanto, apenas 2 destes foram encaminhados para análise pelo comitê de especialistas, por possuírem índice de validade de conteúdo <0,80. O instrumento, manual e cartões de apresentação foram ajustados após um novo pré-teste. Conclusões: O instrumento MDS foi traduzido para o português brasileiro, adaptado culturalmente para a população brasileira e apresentou adequada validade de conteúdo. A versão brasileira foi intitulada MDS-Brasil.