Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Medeiros, Maria Helissa de |
Orientador(a): |
Santos, Derivaldo dos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/19926
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Resumo: |
Esta pesquisa parte do pressuposto de que o romance Cartilha do silêncio, de Francisco Dantas, constitui-se de um duplo movimento, articulado um ao outro. Um voltado para a experiência moderna com a ideia de que a modernidade está impregnada de contrários, como nos lembra Nietzsche; outro vinculado a modos de vida baseados na experiência tradicional, que engloba a noção de memória como propriedade individual e coletiva. Interessa-nos, pois, analisar questões voltadas para o campo crítico-social que permeiam a vida e a história das personagens do romance, no que se refere à evocação do passado como instância de permanência da tradição em relação ao que apresenta como elementos constituintes da vida social moderna, o que dá à narrativa seu caráter paradoxal. Para subsidiar nossa análise, teremos como principal fundamentação teórica as reflexões de Marshall Berman constantes no livro Tudo que é sólido desmancha no ar e na obra Os cinco paradoxos da modernidade, de Antoine Compagnon. Tendo em vista que o romance de Francisco Dantas se configura como uma narrativa fragmentada decorrente da representação da memória social que remonta o tempo e as experiências individuais à margem de um processo social e de uma família patriarcal, a pesquisa se desenvolve à luz do conceito de memória de Jacques Le Goff, presente em História e Memória, e das reflexões de Ecléa Bosi, em Memória e Sociedade: lembranças de velhos. O método adotado em nossa investigação articula texto e contexto, o literário e a vida social, conforme a perspectiva de Antonio Candido, em Literatura e Sociedade, a fim de verificar como em Cartilha do silêncio modos da vida social moderna se conjugam à ordem estética. Nesse sentido, ao ler o romance foi possível perceber como a identidade das personagens se constrói durante a narrativa e se mantém resistente à acomodação no seu contexto social na transição da tradição patriarcal para a modernidade, criando uma atmosfera de tensão entre os dois registros. |