A brasilidade... nordestina em Catimbó, de Ascenso Ferreira e no livro de Poemas, de Jorge Fernandes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Medeiros, Liana Dantas de
Orientador(a): Ferreira, José Luiz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27775
Resumo: O presente estudo trata do tema da brasilidade sob a tradição da ruptura (Octávio Paz) no Modernismo da década de 1920 e como foi traduzido no livro de poemas Catimbó, de Ascenso Ferreira (1927) considerado por Mário de Andrade (1928) a contribuição mais original ao modernismo brasileiro daquele decênio. A referida obra é ambientada na década de 20 do século passado, momento em que as diretrizes conceptuais do modernismo e do regionalismo encontram terreno propício para a criação da moderna poesia brasileira numa conjunção de elementos em que estão presentes os vários componentes da cultura nacional, dando destaque para aqueles que representam o universo da brasilidade, tradição, nacionalismo e cultura popular. Nesse sentido, a produção literária de Ascenso Ferreira encontra na cultura popular, na oralidade e na tradição os traços que compõem essa poesia limitando-se com a música, cuja sonoridade remete aos batuques dos maracatus de origem afrobrasileira sincretizados aos elementos ameríndios e cristãos. Temas que remetem as expressões da cultura local, como também ao universalismo dos sentimentos e dores humanas entremeados pelas vozes da coletividade. Para Azevedo (1984), o poeta Ascenso Ferreira criou a “brasilidade... nordestina”. Sendo assim, o estudo tem como aporte teórico os trabalhos desenvolvidos por Cândido (1995), Azevedo (1984), Araújo (1995), Andrade (1974), Perrone-Moisés (2007) e Ferreira (2008), cujas análises servem para o entendimento da emblemática década de 1920, alicerce das mudanças que se sucedem no cenário cultural brasileiro nas décadas seguintes. Busca-se, ainda, uma intersecção entre a poesia do pernambucano com o Livro de Poemas, de Jorge Fernandes (1927), ambos voltados para a questão da brasilidade e do nacionalismo literário.