Resumo: |
RESUMO 1 = O sisal possui grande interesse econômico para o Brasil, por ser uma excelente opção de cultivo frente às condições climáticas do semiárido. O Brasil é o maior produtor mundial e os estados da Bahia, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará são os principais produtores nacionais com 96,2%, 3,25%, 0,34 e 0,16% da produção, respectivamente. A fibra do sisal representa cerca de 80 milhões de dólares em divisas para o Brasil, além de gerar mais de meio milhão de empregos diretos e indiretos por meio da sua cadeia produtiva. No entanto os problemas de origem fitossanitários têm causado o declínio desta cultura. A podridão vermelha do sisal, causada pelo fungo Aspergillus niger, é a principal causa da decadência da cultura. Plantas afetadas por essa doença não se prestam ao desfibramento e morrem com o progresso da doença. Até o momento, não há descrito nenhum tipo de tratamento e a doença é fatal para a cultura. Neste contexto, o controle biológico é uma alternativa viável e o uso de bactérias é amplamente utilizado no controle de fitopatógenos. Portanto, neste capítulo foram revisados aspectos importantes da cultura do sisal. Por constituir um fator extremamente limitante no desenvolvimento da cultura do sisal, os aspectos fitossanitários são abordados, sendo dada uma atenção especial ao gênero Aspergillus. No trabalho são discutidos também diversos aspectos referentes ao controle biológico de doenças de plantas, com um enfoque especial para utilização de bactérias. RESUMO 2 = O sisal possui grande interesse econômico para o Brasil, por ser uma excelente opção de cultivo frente às condições climáticas do semiárido. O Brasil é o maior produtor mundial e a Bahia destaca-se por apresentar a maior produção nacional. A podridão vermelha do sisal causada por Aspergillus niger é a principal causa do declínio desta cultura no Brasil. Não existem estratégias de controle que sejam eficazes contra essa doença. Neste trabalho, avaliou-se o potencial de controle de 18 isolados bacterianos contra a podridão vermelha do sisal causada pelo fungo Aspergillus niger. Os isolados testados foram capazes de inibir o crescimento micelial, inibiram a germinação de esporos, e produziram compostos voláteis responsáveis pela inibição micelial de A. niger. Através da técnica de PCR foi detectado em dois antagonistas (INV e BMH) o gene bamC, que encontra-se envolvido na síntese do antibiótico bacilomicina. Experimentos mostraram os isolados INB2, ING2, INM12 e IND2 como sendo os melhores agentes em casa de vegetação e campo. Quatorze isolados mostraram efeito significativo no controle da doença em campo (IND2, INN2, INP2, INL2, INC2, INB2, INM2, ING2, INN12, INM12, INF2, INQ2, INU2 e INS2). O sequenciamento da região 16S do rRNA demonstrou que estes 14 isolados são espécies relacionadas a Burlkholderia plantarii, Burlkholderia glumae e Burlkholderia glandioli. Os isolados INV e BMH foram identificados como Bacillus sp. |
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