Arquitetura radicular e relações hídricas de plantas cítricas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Meneses, Thaís Nascimento lattes
Orientador(a): Coelho Filho, Maurício Antonio
Banca de defesa: Souza, Luciano da Silva, Gesteira, Abelmon da Silva, Souza, Laercio Duarte, Viegas, Pedro Roberto Almeida
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola
Departamento: CCAAB - Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://ri.ufrb.edu.br/jspui/handle/prefix/1051
Resumo: A arquitetura radicular afeta o crescimento da planta e a sua produção agrícola. Embora esteja relacionada a fatores genéticos, limitações hídricas e físicas do solo, podem reduzir o volume do raizame e do solo explorado, comprometendo assim, o desenvolvimento vegetal e produtivo. Com objetivo de avaliar a arquitetura radicular e as relações hídricas de plantas cítricas quanto à tolerância a seca e a impedimentos físicos no solo, experimentos foram conduzidos em campo e em casa de vegetação, com o uso de práticas de manejo que incluíram a semeadura direta do porta-enxerto no local definitivo do pomar, a subsolagem, a diversificação de porta-enxertos, e a criação de macroporos artificiais, que visam minimizar essas limitações físico-hídricas. As plantas foram submetidas ao secamento continuo do solo compactado em colunas estratificadas de policloreto de vinila (PVC), sob condições controladas, e ao cultivo de sequeiro, em condições de campo, em solos coesos dos Tabuleiros Costeiros. Foram avaliados o crescimento da parte áerea, a arquitetura radicular e as relações hídricas a partir de medidas de umidade do solo e medidas fisiológicas. Em condição de campo, também foi avaliada a produção inicial de frutos. Os resultados dos estudos em campo (Capítulos I e II) confirmam que, independente das práticas de manejo adotadas, a distribuição do sistema radicular é caracterizada pela superficialização imposta pelos horizontes coesos, com concentração nos primeiros 0,40 m de profundidade, sobre a projeção da copa, sendo as respostas iniciais similares às de longo prazo. Dentre as práticas de manejo adotadas, para as condições de estudo, o plantio de muda protegida (PM), produzida em viveiro telado, e o porta-enxerto limoeiro ‘Cravo’ (LC) foram mais eficazes na extração de água do solo, associada ao maior vigor de raiz e da parte aérea, sendo também atribuído a esse porta-enxerto a maior produção inicial de frutos. A umidade nos primeiros 0,40 m do solo, juntamente com as raízes superiores, deve ser o melhor indicador para o vigor, a produtividade e o status hídrico da planta cultivada em condições de sequeiro. A estrutura do solo é preponderante para o desenvolvimento radicular, e o uso de macroporos artificiais (Capítulo III) servem como caminho de menor resistência para o crescimento radicular do limoeiro 'Cravo Santa Cruz' em colunas de solo compactadas, no entanto, seu número e distribuição não influenciaram o crescimento da parte áerea e o volume de raiz, provavelmente devido a exploração do solo na camada superior, na condição controle.