Compatibilidade de Trichoderma asperellum com produtos agrícolas aplicados na cultura da bananeira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Kruschewsky, Lorena Santos
Orientador(a): Haddad, Fernando
Banca de defesa: Bragança, Carlos Augusto Dórea, Trindade, Aldo Vilar
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Microbiologia Agrícola
Departamento: CCAAB - Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://ri.ufrb.edu.br/jspui/handle/prefix/1086
Resumo: CAPÍTULO 1 = A banana compõe a alimentação de milhões de pessoas no mundo, sendo uma importante fonte nutricional e de segurança alimentar. Doenças como a murcha de Fusarium, provocada por Fusarium oxysporum f.sp. cubense e as Sigatoka-amarela e Sigatoka-negra provocadas por Mycosphaerella musicola e Mycosphaerella fijiensis, comprometem o desenvolvimento e a produtividade da cultura. O manejo integrado pode ser uma alternativa eficaz para reduzir os prejuízos ocasionados na cultura se agregar diferentes estratégias como o controle químico e o controle biológico, assegurando que todos os componentes envolvidos nessas duas abordagens devem ser compatíveis entre si. Este estudo verificou a compatibilidade in vitro de produtos agrícolas utilizados na cultura da banana com o isolado Trichoderma asperellum 81, agente de biocontrole da murcha de Fusarium. O crescimento micelial, concentração e germinação de conídios do isolado submetido à cinco doses de 24 produtos agrícolas indicados para a cultura, foram avaliados e comparados pelo teste de Skott Knott a 5% de probabilidade. Com os valores de diâmetro obtidos das colônias fúngicas, calculou-se a Área Abaixo da Curva de Crescimento Micelial (AACCM) em função dos tempos de avaliação e a compatibilidade com os agentes de biocontrole comerciais foi avaliada pela técnica de cultivo pareado. A correlação entre os produtos químicos e as variáveis relacionadas ao desenvolvimento do fungo foi avaliada pela Análise de Componentes Principais (ACP) e a classificação quanto à compatibilidade dos produtos foi apresentada por meio de um Heatmap, gerado por um padrão de cores predefinido. Os resultados indicaram que os produtos químicos tiabendazol, carbofurano, tebuconazol, propiconazol, difenoconazol, flutriafol e glifosato foram incompatíveis ao isolado. Os fertilizantes, incluindo o ácido bórico, sulfato de amônia, carbonato de cálcio e lixiviado de engaço foram compatíveis e o fosfito de magnésio e fosfito de zinco foram classificados como dose-dependentes. No entanto, o óleo mineral foi o único produto que apresentou incompatibilidade para apenas uma característica vegetativa do isolado. CAPÍTULO 2 = O manejo integrado pode ser uma alternativa eficaz para reduzir os prejuízos ocasionados na cultura da bananeira. Entretanto, para agregar diferentes estratégias com uso de produtos químicos e biológicos, faz-se necessário conhecer a compatibilidade de todos os componentes envolvidos nessa integração. Este estudo verificou a compatibilidade in vitro de produtos agrícolas utilizados na cultura da bananeira com o isolado de Trichoderma asperellum Tri-81. O crescimento micelial, concentração e germinação de conídios do isolado foram avaliados em cinco doses para cada produto. Por meio da Análise de Componentes Principais e Heatmap, verificou-se que os produtos químicos tiabendazol, carbofurano, tebuconazol, propiconazol, difenoconazol, flutriafol e glifosato foram incompatíveis ao isolado. Todos os fertilizantes, incluindo os produtos lixiviado de engaço, óleo de neem e o ingrediente ativo Imidacloprido foram compatíveis. O fosfito de magnésio e fosfito de zinco foram classificados como dose-dependentes, enquanto o óleo mineral interferiu negativamente apenas no crescimento micelial do isolado de T. asperellum Tri-81. Dentre os agentes de biocontrole testados, apenas o produto à base de Trichoderma asperellum foi compatível ao T. asperellum Tri-81. A utilização dos produtos que apresentaram incompatibilidade deve ser estabelecida de forma que seus efeitos residuais não interfiram na efetividade do T. asperellum Tri-81.