Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
LIMA, Tâmara Thaiz Santana |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UFRA/Campus Belém
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Resumo: |
O presente trabalho traz uma abordagem holística, investigando a interação de vários fatores e determinando a importância deles para as raízes finas, com o objetivo de gerar conhecimentos sobre estimativas de biomassa e carbono abaixo do solo que possam contribuir para o estabelecimento de metodologias para pagamento de serviços ambientais em áreas agrícolas. O trabalho foi desenvolvido em três áreas agrícolas localizadas na região do arco do desmatamento no estado do Pará: Assentamento agroextrativista Praia Alta Piranheiras (Maçaranduba), Assentamento Palmares II e Travessão 338-S. Em cada área foram selecionadas nove propriedades (n = 27) nas quais foram estabelecidas cinco parcelas de 10 m x 50 m (n = 135). As parcelas representaram nove tipos de cobertura vegetal: floresta conservada, floresta explorada, floresta queimada, floresta secundária velha, floresta secundária jovem, pasto invadido, pasto limpo, cultivo anual e cultivo perene. Nas 135 parcelas foram avaliados a biomassa de raízes finas (R1 ≤ 1 mm; R2 > 1 mm e ≤ 2 mm; R3 > 2 mm e ≤ 5 mm; RM = raiz morta ≤ 5 mm) e carbono da biomassa total das raízes finas (R1 + R2 + R3 + RM). Nos mesmos locais de coleta das raízes foi realizada a classificação dos solos, a determinação das propriedades físicas e químicas do solo e a estrutura da vegetação. Foram utilizados dados secundários da socioeconomia e das métricas de estrutura e ocupação das paisagens das 27 propriedades. As analises foram feitas considerando duas escalas de observação: a escala da parcela (n =135) onde foi considerado os nove tipos de cobertura vegetal e a escala da área, onde foram consideradas as 27 propriedades. As variáveis socioeconômicas e de paisagem foram usadas apenas nas análises da escala da área. O tipo de cobertura vegetal influenciou a biomassa de raízes finas, a qual diminuiu com o aumento do distúrbio na cobertura vegetal, variando de 516,3 g m-2 a 189,1 g m-2 , floresta conservada e cultivo anual respectivamente. Na escala da parcela a estrutura da vegetação foi mais determinante para a biomassa das raízes finas do que as características dos solos. Na escala do área a biomassa total variou de 2,69 Mg ha-1 a 4,73 Mg ha-1 e o carbono variou de 1,01 Mg ha1 a 2,06 Mg ha-1 . Nessa escala o contexto socioeconômico influenciou o carbono das raízes e a distribuição da biomassa entre as classes diamétricas, o que esteve muito associado as atividades de produção dominantes nas áreas. Em ordem de importância na escala da paisagem as variáveis socioeconômicas foram as mais determinantes para as raízes finas, seguidas das variáveis do solo, da vegetação e por fim das variáveis da paisagem. Independente da escala de observação a biomassa da classe R1 apresentou maior proporção da biomassa total, ressaltando a importância das raízes muito finas para a quantificação da biomassa radicular. Na escala da paisagem os fatores que influenciaram a biomassa e o estoque de carbono nas raízes finas ocupam posições diferentes daquelas vistas na escala da parcela. |