Sustentabilidade de um projeto de assentamento agroextrativista na Amazônia Oriental: Dos agroecossistemas às espécies florestais.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Mariana Gomes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFRA
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/730
Resumo: A região amazônica é caracterizada pela complexidade dos seus agroecossistemas e discussões envolvendo diferentes aspectos da sustentabilidade. Neste sentindo esta tese tem como objetivo: Analisar diferentes aspectos da sustentabilidade a partir dos indicadores de sustentabilidade dos agroecossistemas; influência das métricas da paisagem sobre a estrutura da vegetação e comparar estrutura populacional de três espécies florestais, no Projeto de Assentamento Agroextrativista Praialta Piranheira (PAE), no Sudeste do Pará. Os indicadores de sustentabilidade foram sistematizados através de um questionário, aplicado em nove agroecossistemas e analisados usando uma ACM (Análise de Correspondência Múltipla) e teste de Monte Cario em 32 variáveis. A estrutura da paisagem e da vegetação foram extraídos de um inventário florístico realizado em 45 parcelas, que serviram como centroides para criar buífers e calcular as métricas da paisagem (área, perímetro, forma, densidade de borda e número de fragmentos). A estrutura populacional e adistribuição diamétrica das três espécies florestais (Bertholletia excelsa (H.B.K), Carapa guianensis (Aubl.) e Cedrelinga cateniformis (Ducke)), foram coletados em seis fragmentos florestais e comparadas entre os tamanhos dos fragmentos através do teste de Mann-Whitney e o teste de Kolmogorov- Smirnov. Os resultados mostraram que no PAE 16 indicadores de sustentabilidade que representam menores percentuais de sustentabilidade ficaram correlacionados com o tempo de ocupação dos agroecossistemas mais antigos. Dentre a estrutura da paisagem, a área influenciou a riqueza e abundância das espécies tolerantes até a escala de 300 m; perímetro, densidade de borda e forma influenciou somente na escala de 100 m; nenhuma variável teve correlação significativa na escala de 500 m. Duas variáveis da vegetação sofreram influência positiva do aumento da quantidade habitat: riqueza de espécies herbáceas tolerantes e abundância das espécies arbóreas/arbustivas pioneiras do estrato inferior. Constatou a importância da escala local (100 m) para perceber a influência das métricas da paisagem e da quantidade de habitat florestal sobre a estrutura da vegetação. A estrutura populacional e a densidade das árvores adultas de B. excelsa, C. guianensis e C. cateniformis são similares entre os diferentes fragmentos, somente a regeneração natural de C. cateniformis apresentou diferença significativa na densidade entre os fragmentos. As curvas da distribuição diamétrica da B. excelsa e C. cateniformis apresentaram distribuição descontínua e exponencial negativa. Contudo, C. guianensis apresentou distribuição exponencial negativa em todos os fragmentos. A integração destes resultados mostra que os agroecossistema apresentam diferentes níveis de sustentabilidade. A análise da paisagem e a estrutura das espécies florestais mostraram que é importante considerar diferentes escalas, o planejamento para o desenvolvimento do PAE Praialta Piranheira também deveria se direcionar para uma escala maior, para além dos agroecossistemas, assumindo uma escala de paisagem, ou seja, um plano que aborda todo o assentamento e não apenas suas partes.