Aspectos da pesca e análise da abundância relativa da Cynoscion acoupa, Lacépède, 1801 e suas relações com a temperatura da superfície do mar na Plataforma Continental Norte do Brasil.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: FREIRE, Jeandria Negreiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFRA/Campus Belém
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Resumo: Este trabalho apresenta uma análise sobre variabilidade da Captura por Unidade de Esforço (CPUE) mensal da Pescada amarela, Cynoscion acoupa, capturada na Plataforma Continental Norte do Brasil (PCN) entre 1996 e 2007 e possíveis relações da CPUE com Anomalia da Temperatura da Superfície do Mar (ATSM). Os dados referentes a pesca foram: dias de mar, comprimento da arte de pesca em metros, captura em kg e tipo de embarcações foram avaliados junto com a CPUE mensal estimada. Os dados de Temperatura da Superfície do Mar (TSM) foram obtidos através de sensoriamento remoto e reanálises. O Teste de Mann-Kendall foi aplicado nas séries de dados de pesca e CPUE; A analise de agrupamento (metodo do Ward) aplicada na CPUE; a CPUE e ATSM foram submetidas a Wavelet de Morlet. E correlação cruzada entre a CPUE e ATSM. A ATSM foi submetida a análise de Funções Ortogonais Empíricas. Ao longo do período estudado o esforço de pesca teve tendência significativa de aumento rede de emalhe (Z =9,9161 p < 0,0001); dias de mar (Z= 3,4; p= 0,0007907). A série temporal de CPUE apresentou uma tendência positiva significativa de crescimento (Z=4,6446; p <0,000001). As similaridades para as estimativas de abundância ocorreram entre os anos de 1998,1999, 2000, 2005 e 2006; os anos de 1996 e 1997; O ano de 2002. E os anos 2001, 2003, 2004 e 2007. A análise de Ondeleta de Morlet detectou, na CPUE, periodicidades associadas aos picos de maior energia centrados em ciclos de aproximadamente 2 e 4 anos. Os picos localizados com alta energia, para periodicidade de 2 anos ocorrem na série inteira. O ciclo de 4 anos, coincide, aproximadamente, com o meio da série temporal. A análise da FOE das ATSMs concentrou no primeiro eixo 24,48 % da variação dos dados. As principais variações temporais do primeiro loading da FOE ocorreram com picos de maior energia em ciclos de 22,6 meses (~2 anos) e 45 meses (~4anos). Os mapas de correlação (r>0,3) revelam correlações positivas significativas nos Lag’s de 18 meses (r= 0,38) e 19 meses (r= 0,35), 26 meses (r=0,36), 27 meses variando de r=0,3 a r=0,4; em 28 meses e 29 meses as correlações acima r=0,3 até r=0,35; lag 30 (r=0,4); nos lags de 31, 32 e 33 meses com r significativo (r=0,45) esses valores são observados na faixa estuarina da Costa do Maranhão principalmente em frente a Bacia de São Marcos até a faixa costeira das reentrâncias estuarinas do Pará. Na costa do amapá e Pará lags significativos são encontrados em 45 ~r=0,44, lag 46 ~r=0,45, lag 47 ~r=0,44, lag 48 ~r=0,47, lag 49 ~r=0.53, lag 50 ~r=0.49, lag 51 ~r=0.51, lag 52 ~r=0.48, lag 53 ~r=0.46, lag 54 ~r=0.43, lag 55 ~r=0.4. Estes resultados sugerem que a pescada amarela possui um ciclo de vida e migração relacionada as variações climáticas de larga ligados a ATSM, como o ENSO, que podem influenciar em seu recrutamento.