Produção de lima ácida tahiti associada ao balanço energético e hídrico expressa em produtividade da água e eficiência econômica no Pará.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: PINTO, João Vitor de Nóvoa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFRA/Campus Belém
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/1757
Resumo: O Brasil é o quinto maior produtor mundial de lima ácida “Tahiti”. Entre as espécies cítricas existentes, esta é a que apresenta a segunda maior área cultivada no país, perdendo apenas para a laranja. No estado do Pará a citricultura vem crescendo nos últimos anos, e a lima ácida Tahiti já ocupa 25% da área cultivada com espécies cítricas no estado. Nesta região, a primeira floração ocorre no final de junho e o período de desenvolvimento fenológico dos frutos se estende até meados de novembro. Uma segunda floração ocorre entre outubro e novembro. A colheita é concentrada entre dezembro e abril, quando os frutos atingem a menor cotação no mercado regional. Este trabalho analisa o balanço de energia e radiação e a evapotranspiração sobre um pomar de lima ácida Tahiti durante três anos, bem como a resposta da lima ácida irrigada a quatro diferentes lâminas de irrigação em um experimento em blocos ao acaso nas condições edafoclimáticas da Amazônia Oriental. Foram testadas quatro lâminas de irrigação, denominadas T1, T2, T3 e T4. A irrigação foi realizada de modo a manter o potencial hídrico do solo dentro das seguintes faixas: abaixo de -50 kPa para T1, entre -30 e -50 kPa para T2, entre -10 e -30 kPa para T3, e acima de -10 kPa para T4. A resposta da cultura foi monitorada por meio das seguintes variáveis: ocorrência de flores e frutos, produtividade, balanço de energia e trocas gasosas. Foi realizada uma análise de eficiência econômica e de uso da água, utilizando-se a receita bruta e a receita líquida da cultura, e razões entre produtividade de frutos ou recei-ta bruta e a água aplicada ou consumida pela cultura. Os resultados indicam que o albedo da superfície foi de 0,13 e a evapotranspiração média durante os dois anos de experimento foi de 3,2 mm dia 1, com um coeficiente de cultura (Kc) variando de 0,74 a 0,84. A irrigação causou uma antecipação do início do período de colheita e um aumento na produtividade total acu-mulada na safra 2020-2021 até fevereiro, que passou de 2,22 em T1 para 6,89 kg planta 1 em T4. Nos meses subsequentes, a produtividade dos tratamentos se igualou, estabilizando entre 6,01 e 8,95 kg planta 1. O estresse hídrico induziu uma segunda floração em meados de outu-bro nas plantas que receberam a menor lâmina de irrigação, o que prolongou o período de co-lheita neste tratamento. As diferentes lâminas de irrigação influenciaram o peso fresco dos frutos colhidos, que foi maior no tratamento com maior lâmina de irrigação. Nas condições do estudo, não houve viabilidade econômica em nenhuma das lâminas testadas, devido à baixa produtividade obtida. Verificou-se que o aumento da lâmina de irrigação reduziu a razão entre a receita bruta obtida e o volume de água aplicada, e houve redução na razão entre a produti-vidade obtida e a água aplicada.