Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
KRAG, Márcia Nágem |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UFRA
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufra.edu.br/handle/123456789/289
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Resumo: |
Este trabalho teve como objetivo analisar o desempenho do arranjo produtivo local-APL da castanha-do-brasil (Bertholletia excelsa Bonpl.) na região da Calha Norte, Pará, visando identificar o conjunto de fatores que influenciam diretamente no seu desempenho. Os dados foram obtidos por meio de questionário estruturado no padrão RedeSist, aplicados aos agentes da cadeia produtiva, bem como através da base de dados de órgãos oficiais nacionais. Para a análise dos resultados propôs-se abordagem sistêmica utilizando-se da metodologia ValueLinks, com vistas ao conhecimento da estrutura e desenvolvimento, análise dos vínculos comerciais e a gestão sistêmica da cadeia produtiva; cujas discussões foram fundamentadas nas teorias das aglomerações produtivas locais, processos sistêmico de organização, governança e desempenho competitividade industrial em APLs na Amazônia. Os principais resultados evidenciam que a produção no Pará mantem-se abaixo das 10.000t desde o ano de 1990 tendo os municípios de Oriximiná e Óbidos os seus maiores produtores de castanhas. A maior parte da produção exportada da região Norte é de castanha com casca e no Pará é castanha sem casca. Houve aumento no consumo interno nos últimos 05 anos (de 2009 a 2013). A base extrativista da cadeia não vem recebendo a atenção devida quanto à necessidade de melhorias na produção até a comercialização permanecendo como o elo onde ocorre a menor apropriação de valor. As agroindústrias beneficiadoras de castanhas representam os atores centrais da cadeia produtiva. O APL é formado por pequenas e média empresa cuja mão de obra possui baixa escolaridade e qualificação profissional. As vantagens locacionais têm sido fundamentalmente da proximidade da matéria-prima e baixo custo com mão de obra. Pela grande concorrência existente entre as empresas de beneficiamento as transações comerciais realizadas localmente promovem internalização de conhecimento e aprendizagem de forma individual, não se desdobando em geração de informação para o APL como um todo e, a concessão de políticas não vem garantindo melhorias na gestão, inovação tecnológica e ações empreendedoras para o melhor desempenho. Concluiu-se que, a visão de cadeia produtiva e a implementação de políticas públicas voltadas desde a coleta extrativa até o beneficiamento das castanhas, são fatores pouco evidenciados e que se fazem essenciais para a competitividade do setor. Há baixa capacidade de gestão e governança nas ações cooperativas de forma sistêmica, evidenciando-se apenas ações restritas ao ambiente empresarial de forma individual, não se evidenciando integração entre organizações em busca de vantagens competitivas sistêmicas no APL. De maneira geral há deficiência na visão cadeia produtiva entre os elos, o que prejudica o desempenho do APL e a possibilidade de desenvolvimento local com especialização nas atividades, entretanto, existe perspectivas locais de fortalecimento da cadeia produtiva; para tanto há necessidade de se desenvolver ações que possam favorecer a maior eficiência e competitividade dessa cadeia, avançando nas dimensões socioambiental, econômica e institucional visando um melhor desempenho e consequentemente maior fortalecimento da cadeia produtiva da castanha-do-brasil na Calha Norte do estado do Pará. |