Tecnologia para sementes de Bertholletia excelsa bonpl. (Lecythidaceae) para fins de propagação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Bentes, Diana
Orientador(a): Ferraz, Isolde
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Ciências de Florestas Tropicais - CFT
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/13009
http://lattes.cnpq.br/9615838440217127
Resumo: Bertholletia excelsa Bonpl. é uma árvore nativa da região amazônica que possui importância econômica pelo uso das sementes na alimentação humana e para extração do óleo muito usado em cosméticos. A otimização da produção, com a implementação de plantios mais racionais para a extração das sementes, necessita de mudas de qualidade, obtidas com a utilização de sementes viáveis. O objetivo deste estudo foi avaliar a viabilidade das sementes quando submetidas ao armazenamento sob refrigeração e submersão em água, além de determinar uma metodologia para determinação do teor de água das sementes. No capítulo 1, foram testados os métodos para determinação do teor de água utilizados para as sementes de B. excelsa. Verificou-se que 24 horas em estufa a 105 ºC foram suficientes para a determinação do teor de água desta semente. Também foi apresentada uma proposta para a determinação do teor de água das sementes de B. excelsa com a utilização apenas do embrião, uma vez que a determinação com a utilização de semente inteira acaba superestimando o valor do teor de água do embrião. No capítulo 2 verificou-se o armazenamento das sementes, com diferentes teores de água, sob refrigeração a 15 ºC em embalagem impermeável, semipermeável e sacos duplos. A avaliação da viabilidade foi feita pelo teste de tetrazólio e determinado o teor de água dos embriões. Os resultados mostraram que as embalagens mantiveram o teor de água durante todo o armazenamento. A viabilidade das sementes foi mantida por 2 meses com a utilização de embalagem semipermeável, com teor de água das sementes de 19%. As sementes com teor de água de 7% morreram antes mesmo do armazenamento. A perda de viabilidade aumentou com o prolongamento do armazenamento independente da embalagem, podendo estar relacionada a temperatura de 15 ºC. O aparecimento de manchas brancas na parte central do embrião, não teve relação com a redução do teor de água, indicando a necessidade de estudos mais detalhados para entender a fisiologia das sementes. No terceiro capítulo foi testada a submersão das sementes para a remoção do tegumento sem que haja perda da viabilidade. As sementes foram submersas em água (25 ºC), por 9 períodos, entre 1 e 15 dias de submersão. Pelo teste de tetrazólio verificou-se que a submersão não afetou a viabilidade das sementes e que quanto mais tempo submersas menor foi o tempo para a retirada do tegumento. Observou-se que a submersão após 2, 5, 9 e 13 dias não apresentou efeito sobre a germinação, quando semeadas com tegumento, havendo uma alta porcentagem de plântulas normais formadas quando semeadas sem tegumento. Desta forma, indica-se como tratamento pré-germinativo a submersão em água por 13 dias.