Crime, violência e segurança

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Muraro, Mariel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/30132
Resumo: Resumo: Este trabalho procura aproximar os temas mídia de massa e segurança pública fazendo uma análise da campanha lançada pelo jornal Gazeta do Povo intitulada Paz sem voz é medo. Passeando por vários autores, mas adotando como marco teórico a criminologia crítica, analisam-se as reportagens e a forma de exposição dos temas crime, violência e segurança, entre outros subtemas, segundo o discurso midiático, constatando-se que ele reproduz certos estereótipos balizadores do sistema penal seletivo e repressivo. Na campanha se verifica o apelo à defesa da sociedade para que participem de uma cultura de paz denunciando os crimes em que foram vítimas e que foram presenciados acreditando que esta atitude poderá livrar o cidadão do sentimento de insegurança em face da conduta delituosa. No entanto, essa postura fomenta não uma cultura de paz, mas a elevação do sentimento de insegurança, o qual tem sido utilizado para legitimar ações repressivas que se intitulam guerra ao crime e ao tráfico de drogas, perseguição a pequenos desvios, autorizando a implantação de unidades de polícia pacificadora de forma hostil nos territórios do Rio de Janeiro e do Paraná, exercitando a violência institucional por meio dos aparelhos repressivos estatais, em especial o policial, que com tradição militarista, opera aplaudido pela população com o uso da força letal e violenta. Essa repressividade e violência do sistema penal é compreendida como a panaceia da segurança pública no Brasil, assim como se renova a crença na pena como solução para os conflitos sociais de natureza penal. Na tentativa de reduzir essa violência irracional do sistema, propõe-se um retorno ao discurso dos direitos humanos para serem colocados como objeto e como limitação do sistema penal.