Composiçao florística e ciclagem de macronutrientes em diferentes seres sucessionais nas margens de reservatório de hidrelétrica no oeste do Paraná

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Pezzatto, Anderson Wagner
Orientador(a): Wisniewski, Celina, 1953-
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/34056
Resumo: Este trabalho foi realizado na região do reservatório da Usina Hidrelétrica de Salto Caxias, rio Iguaçu, Oeste do Estado do Paraná, entre os municípios de Capitão Leônidas Marques e Nova Prata do Iguaçu, situada entre as coordenadas geográficas 25º 32’ 35” de latitude Sul e 53º 29’43” de longitude Oeste. O clima, segundo KÖPPEN, é classificado como Cfa e a vegetação é caracteriza como área de tensão ecológica entre a floresta estacional semidecidual e a floresta ombrófila mista. Teve como objetivo avaliar a estrutura florística e fitossociológica e a ciclagem de nutrientes através da serapilheira depositada e acumulada, bem como os seus possíveis efeitos sobre as características químicas das camadas superficiais do solo, em cinco seres sucessionais: (fase inicial de sucessão, denominada de campo; capoeirinha; capoeira; capoeirão; e floresta secundária), ao longo da margem do reservatório, como subsídio para preservação de áreas de proteção permanente. Para tanto, foram implantadas 4 parcelas justapostas por sere sucessional, com seu eixo maior paralelo à lâmina d’água distando 5 m desta. As unidades contaram com sub-unidades amostrais (compartimentos) destinadas ao levantamento de indivíduos de diferentes classes dimensionais. O solo foi coletado em cada parcela nas profundidades (0,0 – 2,5 cm; 2,5 – 5,0 cm; 5,0 – 10,0 cm; e 10,0 –20,0 cm) através de pequenos perfis. Para a produção anual de serapilheira, foram instalados 3 coletores (0,336 m2 por coletor) por parcela. A serapilheira acumulada sobre o solo de cada parcela foi coletada no final de cada estação com a utilização de uma forma de 0,042 m². O levantamento florístico e fitossociológico mostrou o domínio da floresta estacional semidecidual e o acréscimo do número de indivíduos e da riqueza de espécies com o avanço da sucessão. Ao todo foram encontradas 76 espécies arbóreo-arbustivas pertencentes a 38 famílias botânicas. Nas áreas foram identificados Neossolos Litólicos Eutróficos típicos e Neossolos Regolíticos Eutróficos lépticos. As diferentes camadas mostraram concentrações elevadas dos macronutrientes, decrescendo com o aumento da profundidade. Com o desenvolvimento da sucessão observou-se elevação das concentrações de C e diminuição da acidez do solo. A serapilheira mostrou um padrão crescente de deposição da sere sucessional inicial (2,2 ton.ha-1) até a floresta secundária (11,7 ton.ha-1). A fração folhas correspondeu a maior porcentagem da serapilheira depositada. Observou-se tendência a uma maior deposição de serapilheira na estação com as menores temperaturas médias, logo depois de um período de baixa pluviosidade. A quantidade dos macronutrientes depositados variou conforme a sere sucessional, mostrando a ordem crescente: campo, capoeira, capoeirão, capoeirinha e floresta secundária, estando relacionada com a quantidade de serapilheira depositada. A ordem de deposição dos macronutrientes observada nas seres campo, capoeira e floresta secundária foi N > Ca > K > Mg > P, alterando o N pelo Ca na capoeirinha e capoeirão. A serapilheira acumulada mostrou uma tendência de acréscimo entre as seres capoeirinha, capoeira e capoeirão, o que não foi observada em relação ao campo ou a floresta secundária.