Respostas da cultura da soja (Glycine max L.) e de plantas daninhas C3 e C4 quando em competição e submetidas a estresses abióticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ruchel, Queli
Orientador(a): Agostinetto, Dirceu
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/13192
Resumo: Estresse em função de altas temperaturas, déficit hídrico e competição por recursos (luz e CO2) são fatores que limitam o crescimento e produtividade das culturas, podendo modificar interações entre plantas, gerando respostas morfofisiológicas, metabólicas e moleculares. Assim, os objetivos da pesquisa foram avaliar a habilidade competitiva do picão-preto e caruru com a soja; verificar as respostas isoladas da soja, picão-preto, caruru e, da cultura em competição com caruru, submetidos à temperatura elevada; verificar o efeito do estresse térmico, déficit hídrico e recuperação das plantas na interação soja/caruru; verificar o impacto da temperatura e regime hídrico na interação entre soja e caruru; e, analisar as respostas ao CO2 e luz em caruru, picão-preto e soja. Para isso, foram realizados estudos simulando condições de competição, alta temperatura, déficit hídrico, concentrações de CO2, diferentes níveis e qualidade de luz entre soja, picão-preto e caruru. Os resultados permitem inferir que, em geral, a soja com via fotossintética C3, apresenta competitividade superior ao picão-preto (C3) e inferior ao caruru (C4), sendo que a competição interespecífica é mais prejudicial para as espécies C3 e, a intraespecífica para a C4. Independente da amplitude térmica e regime hídrico utilizados, o caruru demonstra competitividade superior e similar a soja, respectivamente. A temperatura elevada causa estresse oxidativo em picão-preto e eleva a atividade enzimática em caruru, não influenciando a soja. Em competição, a alta temperatura reduz os parâmetros fotossintéticos da cultura e aumenta o estresse oxidativo em caruru. O caruru possui competitividade superior a soja nas combinações de temperaturas e regimes hídricos adotados, sendo que o déficit hídrico e a competição influenciam mais negativamente nos parâmetros morfológicos e fotossintéticos das espécies, comparado a temperatura elevada. Além disso, as espécies C3 possuem ponto de compensação ao CO2, eficiência quântica, parâmetros fotossintéticos e morfológicos superiores a espécie C4 e, esta apresenta ponto de saturação ao CO2, ponto de saturação e compensação à luz e, eficiência de carboxilação superiores ao picão-preto e soja.